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Atualizado em 24/11/2006 às 19h53

O governo reduziu a projeção de crescimento da economia em 2006 de 4% para 3,2%, segundo relatório do Ministério do Planejamento que avalia as receitas e despesas relativas ao quinto bimestre do ano.

A previsão ainda é superior à do mercado, que espera avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,95% por este ano, conforme a última pesquisa do Banco Central.

O relatório do Ministério do Planejamento, divulgado nesta sexta-feira, indica ainda a necessidade de redução de R$ 486,2 milhões das despesas discricionárias deste ano em relação à avaliação do bimestre anterior. O corte é necessário ``visando o cumprimento da meta de resultado primário estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006'', diz o texto.

Da redução total, R$ 480 milhões são de responsabilidade do Poder Executivo e R$ 6,1 milhões de reais dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União.

- Dizendo estar "cansado de previsão'', o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a revisão para baixo da estimativa do governo para o crescimento da economia brasileira.

-Vamos esperar as coisas acontecerem. Se não aconteceu aquilo que a gente previu, não podemos ficar chorando o leite derramado, vamos trabalhar para acontecer no ano seguinte - disse.

Lula prometeu anunciar ainda neste mandato as medidas para ''destravar'' o crescimento econômico. Para Lula, é hora de colher os frutos depois de todos os esforços a que o país se submeteu.

- O Brasil já fez todos os sacrifícios. O povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu - disse Lula em discurso na inauguração da primeira fase do Hospital Municipal Pimentas-Bonsucesso, em Guarulhos.

- Toda vez eu me lembro do golpe militar de 1964, quando o presidente Castelo Branco convocou o povo brasileiro a dar ouro para o bem do Brasil. Deram alianças, dentes de ouro. Agora o povo brasileiro precisa colher um pouco de benefício do Estado brasileiro - declarou.

O presidente salientou que há 10 dias faz reuniões para definir medidas que garantam as condições apropriadas para os investimentos de que o país precisa para crescer. As medidas, afirmou Lula, serão anunciadas este ano. Na quinta-feira, o ministério da Fazenda apresentou uma série de propostas para estimular o crescimento.

Além do PIB, outros parâmetros econômicos foram revisados pelo Planejamento. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 3,27% para 3,1%.

Já para o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), a estimativa passou de 3,77% a 3,97% em 2006.

No final de setembro, o governo já havia cortado a previsão de crescimento do PIB este ano de 4,5% para 4%. Na mesma ocasião, foi anunciada redução de R$1,6 bilhã do atual orçamento.

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