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Senado

Governo tenta manter parlamentares do PR na base de Dilma

Romero Jucá busca reverter a decisão do partido de se desligar da coligação governista

Nascimento deve  anunciar hoje a posição do PR de deixar a base governista | José Cruz/ABr
Nascimento deve anunciar hoje a posição do PR de deixar a base governista (Foto: José Cruz/ABr)

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), declarou ontem que trabalha para tentar reverter a decisão do PR de deixar a base de apoio ao governo no Con­gresso. O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nasci­­men­to (AM), deve subir à tribuna hoje para anunciar o desligamento da base aliada. "O PR está se posicionando por causa de um fato político. Mas a política é dinâmica. Ele pode sair [da base] hoje, mas pode voltar depois", avaliou o líder.

Jucá afirmou que a permanência do PR na base de sustentação ao governo no Congresso é importante e "trabalhará permanentemente" para que o partido volte atrás nessa decisão. A bancada do PR no Congresso conta com sete senadores e 41 deputados.

Já na Câmara Federal, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) informou ontem que o governo federal tem atuado na Casa para evitar paralisações em votações e que o PR terá o espaço que achar necessário para dialogar com o Palácio do Planalto. A ameaça do PR de deixar a base aliada do governo federal criou um novo racha no grupo de apoio à presidente Dilma Rousseff.

O PR foi o principal afetado pela "faxina" feita pelo governo no Ministério dos Transportes, no qual ao todo deixaram os cargos 27 servidores. "O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e a ministra das Relações Insti­tucio­nais, Ideli Salvatti, têm tido contato com todos os partidos da base aliada a partir de evidências de que algumas votações deram uma paralisada", afirmou.

Defesa

Chinaglia saiu em defesa do PR e disse ser contra generalizações. "Eu acho que nem o PR está defendendo nada de errado no governo federal, assim como o PMDB não está defendendo nada de errado no governo federal", disse o parlamentar, ao chegar em um hotel da capital paulista, onde ocorreu reunião para estabelecer as bases do Instituto Lula. "Não pode haver generalização, porque pode existir em qualquer partido episódios que não correspondem ao que o governo federal quer que aconteça."

O deputado ressaltou que, "do jeito que as coisas estão", tem se nivelado dentro do PR pessoas envolvidas ou não nos escândalos de corrupção. "Enquanto não houver investigação, conclusão ou direito de defesa, do jeito que as coisas estão, qualquer um que tenha ligação ou representação no PR fica no mesmo nível daquele que, porventura, tenha cometido o erro", criticou.

Prisão de ex-assessor

O PT divulgou uma nota para criticar a prisão do ex-presidente da Embratur Mário Moysés durante a Operação Voucher, que prendeu integrantes do Ministério do Turismo. Segundo o partido, ele foi preso indevidamente, "tendo sua honra e dignidade atingidas, inclusive com a exposição pública e ilegal de fotos relativas ao dia da prisão". Moysés foi chefe de gabinete da senadora Marta Suplicy (PT-SP) quando ela foi nomeada ministra do Turismo, em março de 2007.

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