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Dilma em reunião com representantes do movimento LGBT: silêncio sobre o projeto da “cura gay” | Antônio Cruz/ABr
Dilma em reunião com representantes do movimento LGBT: silêncio sobre o projeto da “cura gay”| Foto: Antônio Cruz/ABr

Reforma política

Quatro partidos da base formam bloco pró-plebiscito

Folhapress

Quatro partidos governistas definiram ontem a criação de um bloco em defesa do plebiscito para a reforma política proposto pela presidente Dilma Rousseff (PT). Os presidentes do PT, Rui Falcão; do PCdoB, Renato Rabelo; do PDT, Carlos Lupi; e o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral; se encontraram na sede da legenda comunista, em São Paulo.

Os partidos fecharam questão na defesa de duas propostas consideradas prioritárias: o financiamento exclusivamente público de campanhas e o voto em lista fechada para as eleições legislativas. Esses pontos coincidem com os defendidos pelo PT. Segundo Renato Rabelo, escalado para falar pelo grupo após a reunião, há um consenso entre os quatro partidos sobre essas duas propostas. Ainda segundo o dirigente, PT, PSB, PC do B e PDT também foram unânimes ao defender que as mudanças sejam válidas já na eleição de 2014, como prefere Dilma.

As quatro legendas descartaram, no entanto, perguntar à população no plebiscito se as regras poderiam valer para 2014 mesmo que sejam aprovadas fora do prazo legal de um ano antes da data da eleição.

O governo anunciou ontem que vai criar um canal de diálogo com os jovens nas redes sociais, chamado de "observatório participativo". A ideia é que o portal seja lançado dia 8 de julho. O portal é mais uma reação do Planalto às manifestações que tomaram as ruas nas últimas semanas e uma tentativa de se aproximar dos jovens.

No chamado "observatório participativo", o visitante poderá criar um usuário, interagir com outros visitantes, publicar textos e defender ideias. "O observatório participativo fará com que a gente tenha um canal permanente de diálogo com os jovens pelas redes sociais", disse a secretária Severine Macedo, da Secretaria Nacional de Juventude – órgão ligado à Secretaria-Geral da Presidência.

Segundo ela, a ideia é discutir com jovens temas como educação, saúde, mobilidade urbana, violência nas periferias e educação no campo. O sistema funcionará também como um banco de dados com informações sobre assuntos relacionados à agenda atual, como mobilidade, educação, sexualidade e saúde.

Encontros

O anúncio do lançamento do portal foi feito no mesmo dia que a presidente Dilma Rousseff se reuniu com representantes de 24 movimentos de juventude à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Os encontros fazem parte de uma série de reuniões que Dilma vem fazendo com representantes dos movimentos sociais para discutir a onda de manifestações.

Na primeira agenda do dia, Dilma recebeu representantes de entidades estudantis, sindicais e demais movimentos relacionados à juventude. Entre os temas discutidos, além das demandas usuais desses setores, estava a questão da gratuidade e da diminuição das tarifas de transporte público.

A representante da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Mendes, disse que a presidente Dilma Rousseff afirmou que embora o governo defenda o projeto que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação, ela achou que foi uma boa alternativa a que a Câmara deu, aprovando um texto que destina apenas 75% dos royalties para a educação e os 25% restantes para a saúde.

A reunião com os representantes da comunidade LGBT, a segunda do dia, foi também para ouvir demandas, sobretudo relacionadas à homofobia. Segundo participantes da reunião, a presidente se manifestou "contra toda forma de discriminação, todas as formas de intolerância e a favor de todas as diferenças".

Questionados se a presidente se posicionou sobre o projeto que tramita na Câmara sobre a "cura gay", participantes da reunião relataram que Dilma não se manifestou "diretamente" sobre o assunto.

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