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BRASÍLIA - A divulgação de trechos de conversas entre o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e seu filho Fernando Sarney, gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial, deverá apressar a aprovação de uma lei para criar o controle externo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse no domingo que uma de suas prioridades ao assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça será a de discutir o projeto. "Sem entrar no mérito do conteúdo das gravações, só a sua divulgação desperta a sensação de novos desvios de conduta da Abin", disse Demóstenes.

Uma das conversas entre Sarney e o filho, publicada pelo O Estado de S.Paulo, indica que o senador teria recebido informações da Abin sobre um processo sigiloso que envolvia empresas de seu filho. Outra, divulgada pela Folha de S.Paulo, indica que Sarney e o filho teriam usado o grupo de comunicação da família – que inclui a TV Mirante e o jornal O Estado do Maranhão – na divulgação de denúncias contra o atual governador do Maranhão, Jackson Lago, na última eleição.

Sarney ontem comentou a gravação. "Foi uma conversa de pai para filho, que não tem absolutamente nada, na qual estou recomendando a ele que se defenda. Inclusive, eu não lembro de ter falado em Abin."

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