• Carregando...

Prazo de filiação perto do fim

Os partidos estão se movimentando para angariar lideranças até a próxima sexta-feira, 5 de outubro, quando termina o prazo de filiações para quem pretende sair candidato no próximo ano. Os que não estiverem filiados a nenhum partido, ou mudarem de legenda depois desse período, ficam inelegíveis.

O PSDB é o partido com maior movimentação, no qual cinco vereadores pretendem entrar, o que desagrada aos nove parlamentares tucanos da cidade. Eles tinham assinado um manifesto "fechando a porteira" do PSDB para novos parlamentares, mas estão sendo obrigados a negociar. Tentam entrar no partido os vereadores Felipe Braga Côrtes, ex PMDB; Pastor Gilso e Beto Moraes (do PR); Jair César (PTB) e Mestre Déa (ex-PP). O partido estima eleger de seis a oito vereadores e muitos dos atuais seriam prejudicados. A saída seria a migração de dois pretendentes para partidos aliados, como o PSB, do vice-prefeito Luciano Ducci.

O PT também está filiando diversos prefeitos e ex-prefeitos do interior do estado. O prefeito de Santa Inês, Clodoaldo Alves de Oliveira, foi filiado na semana passada. Sábado foi assinada a ficha do ex-prefeito de Jaguariaíva, Renato Baroni.

O partido pode ganhar mais um deputado estadual, Chico Noroeste. O presidente do PT no Paraná, André Vargas, desmente boatos de que o deputado estadual Dr. Batista poderia vir para o partido. As filiações do PMDB de pré-candidatos têm sido constantes. O ex-prefeito de Paranaguá, Mário Roque, foi uma das últimas aquisições.

O PMDB, maior partido em número de filiados no Paraná, perdeu 30 mil correligionários desde 2002, o ano da eleição do segundo mandato do governador Roberto Requião. Apesar disso, continua sendo o mais forte entre os partidos organizados no estado.

A grande maioria dos eleitores paranaenses, 89,39%, não está ligada a nenhum partido político. Apenas 10,7% são filiados a um dos 29 partidos registrados no Paraná. Destes, o PMDB tem 161.797 filiados. Em 2002 eram 191.970, com perdas de correligionários ano a ano.

Mas, essa diminuição foi comum entre os maiores partidos do estado. O PDT do senador Osmar Dias, por exemplo, em 2002 tinha 64.357 eleitores ligados ao partido, veio diminuindo o número e agora tem 59.318. O PSDB, que entre outras lideranças tem o senador Alvaro Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, tinha 74.693 filiados em 2002, apresentou um período de crescimento nos anos 2005 e 2006 e voltou a perder filiados do ano passado para cá.

O único dos maiores partidos que ganhou novos adeptos nesse período foi o PT, que em 2002 tinha 46.742 correligionários e agora tem 28% a mais, mesmo com um número total menor do que no ano passado.

Os números são do levantamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dados mais atuais foram fechados no fim de agosto e divulgados na semana passada.

O PMDB quer continuar sendo o maior partido do estado e de preferência, voltar a crescer. O deputado estadual Waldyr Pugliesi, que deve assumir a presidência do diretório estadual neste mês, diz que em todo o estado os diretórios estão trabalhando para isso. Ele acredita que muitos deixam o partido por desilusão. "Estamos em um momento difícil na política nacional devido a episódios que aconteceram nos últimos tempos. Muita gente está desiludida e acaba saindo", diz Pugliesi. Os peemedebistas querem convencer a população de que é um erro ficar alheio e que estar engajado em uma legenda é importante.

Os tucanos querem atrair lideranças populares para o partido, principalmente visando às eleições do próximo ano. O vice-presidente do diretório municipal de Curitiba, Celso Torquato, diz que a gestão de Beto Richa tem ajudado muito nessa conquista de adeptos. "Sempre que chegamos no bairro o povo pergunta se estamos com o prefeito", diz Torquato. Ele credita o crescimento do partido entre 2005 e 2006 também à liderança de Richa.

O PT, apesar de ser o partido que mais cresceu, não tem uma política de filiação em massa e por isso não estão no topo da lista dos maiores partidos no estado. Para o presidente estadual do partido, André Vargas, o crescimento desde 2002 deve-se ao governo Lula. "Estar no governo traz visibilidade, reconhecimento", diz. Ele afirma que os processos de filiações ocorrem naturalmente. "Somente na época da fundação do partido é que foi feita uma campanha de filiação em massa", diz.

Dos 29 partidos do estado, alguns chamam a atenção pelo número inexpressivo de filiados. O Partido da Causa Operária (PCO), que em 2006 lançou candidato ao governo, tem seis filiados. O PRB tem 48 e o PSOL, 102.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]