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Granja do Canguiri está na lista de imóveis que Beto Richa quer vender

Localizado na Estrada da Graciosa, o Canguiri foi a residência dos ex-governadores Roberto Requião e  José Richa. | Rodolfo BÜHRER/Rodolfo BÜHRER
Localizado na Estrada da Graciosa, o Canguiri foi a residência dos ex-governadores Roberto Requião e José Richa. (Foto: Rodolfo BÜHRER/Rodolfo BÜHRER)

Entre as dezenas de imóveis que o governo do Paraná pretende vender está a Granja do Canguiri, residência oficial do governador Beto Richa (PSDB). O imóvel de 27 mil metros quadrados em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, está avaliado em R$ 5,2 milhões. Além de classificar o negócio como absurdo, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa questiona a venda de outros terrenos, como três áreas de preservação de manancial em Piraquara.

Localizado na Estrada da Graciosa, o Canguiri foi a residência do ex-governador Roberto Requião (PMDB) entre 2003 e 2010. Da mesma forma, o pai de Richa, José Richa, viveu no local de 1983 a 1986, enquanto esteve à frente do Executivo paranaense.

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Beto Richa, porém, não quis morar na Granja e vive com a família em sua casa, um prédio no bairro Ecoville, em Curitiba – sem custos para o estado, segundo a Casa Civil. Conforme reportagem publicada pela Gazeta do Povo em agosto, o local está vazio e tem sido usado esporadicamente para reuniões, ao custo de R$ 87 mil por ano.

Críticas

Líder da oposição, o deputado Tadeu Veneri (PT) não poupou críticas ao projeto do Executivo, que tramita em regime de urgência. Ele questionou, por exemplo, a decisão de vender dois terrenos que somam 54,6 mil metros quadrados, no bairro Tarumã, em Curitiba, por pelo menos R$ 14,9 milhões. Próximo às áreas, será inaugurado, em 2017, o maior shopping de Curitiba. Também indagou por que três imóveis – em Curitiba, Maringá e Paranacity − sequer trazem o valor em que estão avaliados.

Para o petista, porém, a venda dos 61 imóveis é apenas uma “cortina de fumaça” para mascarar a negociação de um 62.º terreno, pertencente à Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), localizado em Ponta Grossa. A medida está prevista em um anexo ao texto encaminhado à Assembleia. A área conta com várias edificações, como silos, e fica no Distrito Industrial da cidade dos Campos Gerais – o projeto não apresenta o valor mínimo do negócio.

Veneri ressaltou que, futuramente, passará pelo local a ligação ferroviária de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, no litoral paranaense. “Essa é a cereja do bolo. Tenho certeza de que há direcionamento. Eu não sei para quem o estado vai vender a área, mas quem vai comprar certamente sabe que vai comprar”, afirmou. “É o feirão do Carlos Alberto Richa, uma confissão definitiva de que o Paraná chegou ao fundo do poço.”

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