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Maringá – A greve dos funcionários públicos chega ao quarto dia hoje, sem sinais de acordo entre a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar). Os grevistas mudaram de estratégia ontem. Como eles foram proibidos por ordem judicial de fazer piquetes nas entradas dos órgãos públicos, as mobilizações foram concentradas no Paço Municipal e no Hospital Municipal (HM).

Ontem cerca de mil servidores em greve entraram no Paço por volta das 15h30, de mãos dadas e em silêncio. Quando ocuparam os quatro pisos do prédio da prefeitura, começaram a cantar o hino nacional. No final, todos aplaudiram, e até quem estava trabalhando parou em solidariedade aos manifestantes. Depois, os grevistas saíram e deram um abraço simbólico na prefeitura.

"Fiquei muito emocionado", afirma o professor Arão Pereira dos Santos, 44 anos, que fez parte da corrente humana. "Temos uma sensação de impotência e sofremos pressão", disse ele, que discursou ao microfone do caminhão de som após o protesto e lamentou o fato de maioria dos vereadores apoiar a prefeitura. O município ofereceu um reajuste salarial de 4,53% aos servidores, que reivindicam aumento de 16% e aplicação do plano de carreira.

A presidente do Sismmar, Ana Pagamunici, afirma que os sindicalistas deram um recado à prefeitura. "Mostramos que a greve é pacífica e não queremos agressões."

No Hospital Municipal, a mobilização começou de manhã, com a tentativa de manter apenas 30% do atendimento, com funcionários fazendo revezamento e só atendendo casos de emergência. O que não foi aceito pela Secretaria de Saúde. Mesmo assim, os grevistas montaram barracas na entrada do hospital.

Adesão

Os manifestantes se dividem em aproximadamente dez pontos na cidade, entre unidades básicas de saúde, garagens, escolas, a sede da prefeitura e o Hospital Municipal. A estimativa do sindicato é de que 70% dos servidores tenham aderido à paralisação. A prefeitura não concorda com o número, e a guerra de informações continua. A prefeitura afirma que 70% da Secretaria de Educação trabalha normalmente e que o setor mais atingido foi a Secretaria de Serviços Públicos, com 50% de adesão à greve.

Diante da negativa do prefeito Sílvio Barros em negociar com o sindicato, a paralisação permanece por tempo indeterminado. O comando de greve anunciou que está providenciando um telão para que os grevistas possam assistir, na praça, à estréia do Brasil na Copa do Mundo, na próxima terça-feira à tarde, contra a Croácia.

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