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Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi pichada nesta segunda-feira (2) em protesto contra o peemedebista. O muro da guarita de segurança e a placa de identificação do imóvel foram pintados com a frase “Fora Cunha”, mote que tem sido usado pelos movimentos favoráveis à saída dele do comando da Casa Legislativa.

A manifestação foi organizada pelo Levante Popular da Juventude e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que defendem a cassação de seu mandato e criticam o avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional. O símbolo do Levante Popular da Juventude também foi pichado na guarita de segurança.

Segundo os movimentos, participaram do protesto cerca de 400 pessoas, que carregaram bandeiras e faixas. A segurança da residência oficial estima que cerca de cem manifestantes estiveram no local. O presidente da Câmara dos Deputados está fora de Brasília nesta segunda.

Deputados reeleitos estão menos fiéis ao Planalto

Dois de cada três dos 299 deputados reeleitos estão hoje menos governistas do que em 2011, no começo do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

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“Nós elencamos o Cunha como o principal inimigo da juventude brasileira. Tanto pelos projetos de lei que impõem um retrocesso no país, como o estatuto da família e a redução da maioridade penal, como pela defesa de uma pauta golpista, que é o impeachment da presidente Dilma Rousseff”, explicou Laryssa Sampaio, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude.

Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos.

São projetos que têm apoio de evangélicos, dos ruralistas e da chamada “bancada da bala”, cujos integrantes, em sua maioria, lhe dão sustentação política.

Cunha tenta manter o apoio e agradar seu núcleo mais fiel enquanto terá, na próxima terça (3), o processo de cassação de seu mandato instalado no Conselho de Ética da Casa Legislativa.

Impeachment

Os movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre e o Movimento Brasil, acampam desde a semana retrasada na frente do Congresso Nacional.

Na semana passada, um grupo de manifestantes se algemou a uma das pilastras do Salão Verde, da Câmara dos Deputados, e anunciou que só deixará a Casa Legislativa se Cunha der prosseguimento a pedido de afastamento da petista.

Nesta segunda-feira (2), a segurança da Câmara dos Deputados impediu a reportagem de entrar no local para conversar com os manifestantes. Segundo os agentes, havia apenas três deles no Salão Verde – não acorrentados – na tarde desta segunda.

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