Guerra cibernética

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A disputa eleitoral na internet já começou. Na quinta-feira, simpatizantes de José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, lançaram um site para alavancar sua candidatura. Com o nome de "Amigos do Serra", o site traz informações sobre o pré-candidato, sua biografia e imagens do tucano em eventos do governo de São Paulo. A ex-ministra da Casa Civil e presidenciável petista, Dilma Rousseff, já tinha desde o mês passado um site organizado por simpatizantes para alavancar sua candidatura ao Palácio do Planalto. Intitulado de "Mulheres com Dilma", o site reúne depoimentos elogiosos de amigas da ministra do período em que viveram com ela Belo Horizonte (MG) – onde a pré-candidata passou a infância. Como a Justiça Eleitoral determina que os candidatos só podem dar início às campanhas em julho, os dois sites não se declaram formalmente como um espaço eleitoral.

Em alta

Vices

Normalmente relegados a um segundo plano na política, eles tiveram uma semana de brilho. Dez vices assumiram governos estaduais – incluindo Orlando Pessuti, no Paraná – porque os titulares renunciaram para poder concorrer nas eleições de outubro.Também houve vice-prefeitos que passaram a comandar capitais pelo mesmo motivo – caso de Luciano Ducci, em Curitiba.

José Serra

O pré-candidato à Presidência do PSDB abriu nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT) na pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, revertendo a tendência de crescimento da petista. O tucano tem 36% das intenções de voto e Dilma, 27%. Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma, 28%.

Em baixa

Assembleia

Não divulgou a lista atualizada com os nomes das pessoas que trabalham no Legislativo do Paraná. Com isso, descumpriu a Constituição Estadual, que ordena que todos os poderes paranaenses divulguem em março de cada ano a relação de seus funcionários. Nesta semana, a Assembleia também sofreu a terceira baixa em virtude dos escândalos: o diretor de RH Cláudio Marques da Silva pediu afastamento.

PAC 2

O governo Lula não conseguiu concluir nem metade das obras do PAC 1 mas lançou, com pompa e circunstância, a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento. O lançamento, na última segunda-feira, teve forte tom eleitoral. Ficou parecendo mais a festa de divulgação do plano de governo de Dilma Rousseff, a "mãe do PAC".

Sem indisposição

O ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (foto), que saiu do cargo para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, deixou a pasta e se livrou de se indispor com o presidente Lula. Stephanes era contra a revisão dos índices de produtividade rural para fins de desapropriação. Lula assegura que a revisão será feita ainda em seu mandato. Com índices de produtividade mais altos, um maior número de propriedades poderiam ser declaradas improdutivas e, assim, tornar-se passíveis de desapropriação para a reforma agrária.

Afago ao agronegócio

Se Lula cumprir sua promessa aos sem-terra, caberá ao novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, assinar a revisão dos índices de produtividade – o que deve indispô-lo com os ruralistas. Apesar disso, Rossi já afagou o agronegócio ao tomar posse, na quarta-feira. Ele sinalizou que a mudança das leis ambientais é um dos grandes desafios de sua gestão. "É preciso conciliar expansão [da agropecuária] e necessidade de preservação. Quem deve dizer como se preserva a natureza é quem produz."

R$ 2,9 milhões

Esse foi o valor repassado pelo Ministério dos Esportes, de forma suspeita, a duas organizações não governamentais do Distrito Federal, em 2005 e 2006, segundo investigação da Polícia Civil distrital. As ONGs – Federação Brasiliense de Kung Fu e Associação João Dias de Kung Fu – são suspeitas de usar os recursos para financiar campanhas eleitorais. As entidades eram dirigidas na época pelo policial militar João Dias Ferreira, filiado ao PCdoB – partido ao qual pertencia o então ministro dos Esportes Agnelo Queiróz, hoje no PT e pré-candidato ao governo do DF.

"O Gabeira recebe meia dúzia de mensagens contra o Cesar Maia na caixa postal do computador e entra em TPM."

Rodrigo Maia, deputado federal e presidente nacional do DEM, ameaçando romper a aliança com o PV de Fernando Gabeira, pré-candidato ao governo do Rio. O deputado verde manifestou desejo de excluir da coligação o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, pai de Rodrigo, e candidato ao Senado. O PV pretende se coligar no Rio com o DEM, PSDB e PPS.