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Disputa pára obras

Veja a seguir a lista das obras que, segundo a prefeitura, foram suspensas pela falta de repasses do governo do estado:

Revitalização e pavimentação para a implantação do Anel Viário I:

• Desembargador Motta• Buenos Aires• Brasílio Itiberê• Engenheiros Rebouças• Brigadeiro Franco• Tenente João Gomes da Silva• Júlio Perneta• Comendador Araújo• Doutor Pedrosa• Amâncio Moro• Ubaldino do Amaral• 21 de abril• Sete de Abril• Alberto Bolliger• Augusto Severo• Campos Salles• Lysímaco Ferreira da Costa• Domingos Nascimento• Henrique Itiberê• Albino Raschendorfer• Carlos Benetti• Doutor Roberto Barrozo• Aristides Teixeira,• Comendador Fontana• Nicolau Maeder• Iguaçu• Prefeito Omar Sabbag

Valor: R$ 19,2 milhões

Obras viárias regionais:

• Nova Aurora• Simão Brante• Lupionópolis• Waldemar Loureiro de Campos• Alagoas• Laudelino Ferreira Lopes• Saturnino Miranda• Domingos Strapasson• José de Oliveira Franco• Martim Afonso• Padre Agostinho• Visconde de Nácar• Vicente Michelotto• Simão Brante• Francisco Timóteo Simas• Clóvis Bevilaqua Sobrinho• Doutor Gonzaga de Campos• Coronel José de C. de Oliveira• Anita Garibaldi• Toaldo Túlio• Prefeito Erasto Gaetner

Valor: R$ 30,3 milhões

A guerra aberta entre o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), extrapola o campo político e está trazendo reflexos diretos à população da capital.

Desde o fim da campanha eleitoral, em novembro, o governo do estado suspendeu cerca de R$ 50 milhões em investimentos em obras de infra-estrutura na capital. Beto Richa acusou ontem o governador de retaliação política ao segurar os repasses. O governo nega e garante que os convênios estão suspensos por reformas no plano administrativo.

As obras dependem da liberação de financiamentos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDU) e incluem pavimentação asfáltica e melhorias viárias nos bairros. Todas já foram licitadas pela prefeitura, os convênios estão assinados, mas não chegaram a ser iniciadas.

O prefeito Beto Richa colocou ontem a culpa no governo. "O governador suspendeu todos os convênios e financiamentos de obras importantes para Curitiba. São obras que a prefeitura ia pagar. Além disso, o Requião disse na campanha que baixou a passagem de ônibus em Curitiba porque ele reduziu o ICMS sobre o diesel. É um mentiroso, o Pinóquio do Iguaçu, que só tem ódio e rancor no coração", disparou.

O acordo feito para a compra de óleo diesel sem ICMS para o transporte de Curitiba e região metropolitana também foi suspenso. O governador autorizou em julho do ano passado a abertura de licitação para a compra de 84 milhões de litros de óleo diesel sem a incidência de ICMS e que deveriam ser repassados para as 25 empresas de ônibus. A medida, no entanto, não foi colocada em prática. "Mas Curitiba não vai parar por causa dele (Requião). Eu vou responder à inoperância do Estado com trabalho e obras", disse Beto Richa.

O secretário-chefe da Casa Civil do governo do estado, Rafael Iatauro, confirmou a suspensão do repasse de verbas do estado à prefeitura de Curitiba, mas negou que seja retaliação política por Beto Richa ter apoiado Osmar Dias na eleição. "Essa é uma reforma do plano de governo. É um novo período administrativo e tudo está sendo reestruturado em relação ao estado do Paraná. Essa é uma paralisação temporária", afirmou, garantindo que a população não vai sair perdendo.

"O prometido a Curitiba será feito. Os investimentos serão cumpridos, com os cerca de R$ 50 milhões a serem investidos ocorrendo em etapas".

O assessor especial de governo para assuntos de Curitiba, Doático Santos, nomeado logo após a eleição de outubro por Requião para ser o interlocutor entre o prefeito e o governador, tem uma explicação mais política para o fim do acordo do diesel, que baratearia o preço da tarifa. "O prefeito disse durante a campanha que a questão seria resolvida com a intervenção do Osmar Dias. Então agora o governo se sente desobrigado a resolver. O Beto que tenha sucesso com o Osmar", ironizou.

O vereador de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), afirmou ontem que vai reunir uma comissão de vereadores de vários partidos para entrar com uma representação junto ao Ministério Público pedindo que o governo libere as verbas para as obras. "Está havendo um atentado contra a população de Curitiba", disse.

Os problemas administrativos entre o governo e a prefeitura vieram à tona no pacote de agressões e denúncias que vêm sendo trocadas publicamente entre os dois, desde terça-feira, quando Requião acusou Beto Richa de ter sido beneficiado por R$ 10 milhões que teriam sido desviados para a campanha do tucano ao governo do estado em 2002. Beto Richa fez novas críticas ontem ao governador e afirmou que não há como não reagir a uma acusação pública de um "mentiroso e insano".

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