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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de abertura de inquérito contra o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) para apurar se ele cometeu fraudes no período em que foi ministro dos Transportes.

De acordo com Gurgel, a investigação se faz necessária para saber se Nascimento favoreceu a empresa SC Transportes e Navegação, cujo um dos sócios, Marcilio Carvalho, é casado com Maria Auxiliadora Carvalho, uma ex-superintendente do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que é o principal órgão executor do Ministério dos Transportes.

No pedido de abertura de inquérito, Gurgel diz que o filho de Nascimento, Gustavo Morais, vendeu um apartamento para Maria Auxiliadora e recebeu o dinheiro da empresa SC Transportes.

No ano da venda do imóvel, 2007, a SC Transportes recebeu R$ 3 milhões do Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério dos Transportes. Além disso, Gurgel também mostrou que o pai de Marcilio doou R$ 100 mil para a campanha de Nascimento ao Senado.

A campanha ainda recebeu outros R$ 100 mil que foram colocados sob suspeita por Gurgel, uma vez que eles vieram da empresa M C D Carvalho, que tem como sócia Maria Cláudia Dias, irmã da ex-superintendente do DNIT Maria Auxiliadora.

"Nesse contexto, há indícios que a empresa SC Transportes e Navegação Ltda. foi indevidamente beneficiada com o recebimento de recursos do Fundo da Marinha Mercante , e que parte dele teria sido repassado ao então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento por intermédio de seu filho Gustavo Morais", diz o procurador em trecho do pedido de investigação.

O caso no STF foi distribuído para o ministro Ricardo Lewandowski, que terá de decidir se autoriza o prosseguimento das investigações.

Alfredo Nascimento foi ministro dos Transportes no final do governo Luiz Inácio Lula da Silva e início do governo Dilma Rousseff. Ele deixou a pasta sob acusações de corrupção em 2011.

A reportagem não localizou o senador.

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