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A presidente Dilma Rousseff completou, nesta quinta-feira (22), 31 dias sem dar entrevistas. Este é o mais longo período em que a presidente fica sem falar com a imprensa desde janeiro de 2012, quando ela ficou 38 dias sem dar qualquer declaração a jornalistas. A última vez que a presidente conversou com a imprensa foi em 22 de dezembro de 2014, quando ofereceu um café da manhã de final de ano a jornalistas no Palácio do Planalto. Na ocasião, o assunto mais falado foi a troca de comando dos 39 ministérios do governo federal e o escândalo de corrupção na Petrobras.

Dilma embarcou na manhã desta quinta para La Paz, capital da Bolívia, para participar da cerimônia de posse do terceiro mandato do presidente Evo Morales. Ao contrário do que costuma fazer em viagens internacionais, a presidente não falou com a imprensa brasileira que a acompanhou. Coube aos ministros de Dilma o anúncio de medidas impopulares nos últimos dias. Na última segunda-feira (19), por exemplo, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) anunciou um pacote de aumento de impostos que devem incrementar o caixa do governo em R$ 20 bilhões neste ano.

Entre os aumentos está o da Cide (tributo regulador do preço de combustíveis), zerada desde 2012, e o do PIS/Cofins sobre a gasolina. Desde a sua última entrevista, Dilma tem se manifestado apenas por meio de notas oficiais. Um exemplo foi a nota divulgada em 17 de janeiro, por meio da Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP), após a execução do brasileiro Marco Archer, na Indonésia.

No comunicado, a presidente afirmou ter ficado "consternada e indignada" com o fuzilamento de Archer e prestou condolências à família. Antes, em 7 de janeiro, a presidente divulgou nota em que condenou o ataque à revista "Charlie Hebdo", ocorrido em Paris, na França. A presidente classificou o ato, que vitimou 12 pessoas, como "barbárie" e um "inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas, a liberdade de imprensa". Desde que assumiu o seu segundo mandato, Dilma já publicou seis notas oficiais.

Além das manifestações sobre a execução de Archer e do atentado em Paris, a presidente divulgou a troca dos comandantes das Forças Armadas também por nota oficial. Em dezembro, a presidente anunciou a renovação de seu ministério por meio de 4 notas oficiais. A última vez em que a presidente falou publicamente foi na cerimônia de posse do seu segundo mandato, em 1º de janeiro. Ela fez discurso de cerca de 40 minutos na Câmara dos Deputados e depois uma breve saudação aos presentes na Praça dos Três Poderes. Do púlpito do Palácio do Planalto, Dilma fez agradecimentos e apresentou propostas para o seu novo governo. Na semana que vem, a presidente viaja para a Costa Rica, para participar da 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

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