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Gilberto Paganatto, do Serpro: ideia dos hackers seria “pichar” sites | Renato Araújo/ABr
Gilberto Paganatto, do Serpro: ideia dos hackers seria “pichar” sites| Foto: Renato Araújo/ABr

Sobrecarga

Portal da Petrobras também teria sido atacado

Brasília - O site da Petrobras ficou fora do ar por cerca de 30 minutos na tarde de ontem. Pelo Twitter, o grupo de hackers LuLzSecBrazil reivindicou a autoria do ataque e justificou a ação criticando a política de preços dos combustíveis adotada pela estatal. A Petrobras, porém, por meio de sua assessoria de imprensa, negou o ataque e afirmou que houve apenas uma instabilidade no sistema devido a uma sobrecarga no servidor. Em sua página no Twitter, o grupo de hackers publicou mensagens criticando os altos preços dos combustíveis no Brasil: "Acorda Brasil! Não queremos mais comprar combustível a R$ 2,75 a R$ 2,98 e exportar a menos da metade do preço! Acorda Dilma!". Com meta de chegar a 100 mil seguidores, o grupo afirma não ser a favor de "violência" ou "vandalismo", mas argumenta que as novas adesões permitem manifestações do povo contra a corrupção no país.

Brasília - Os sites da Presidência da República, da Receita Federal e o Portal Brasil, que congrega todas as informações governamentais, foram vítimas de um ataque de hackers na madrugada da quarta-feira. Os três portais ficaram fora do ar por cerca de uma hora, enquanto o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) bloqueava as tentativas de invasão.

De acordo com o presidente do Serpro, Gilberto Paganatto, a ação foi uma tentativa de congestionamento dos sites feita por robôs, que conseguiram 340 milhões de tentativas de acesso em menos de uma hora. Ele explica que os robôs capturam endereços de provedores do exterior e os clonam para mandar os ataques de fora do Brasil. Assim, tentam inibir a ação da Polícia Federal.

"O ataque começou pela Itália e depois começou a ser feito de dentro do Brasil. São gerados acessos simultâneos fora do normal Os nossos sistemas, que são avançados, detectam qualquer ação além do normal e bloqueiam os acessos", afirmou Paganatto.

O presidente do Serpro garante que não houve quebra de segurança e nem acesso a nenhum tipo de dado sigiloso dos portais. "O objetivo do hacker é de tentar congestionar e deixar inacessível. E também tentar entrar no site e ‘pichar’. Mas o Serpro tem sistemas avançados de proteção e impede a entrada nos sites e os pichamentos. O sistema detecta e emite um alerta para o pessoal de segurança", explicou. Os sites ficaram fora do ar entre 00h40 e 1h40 da madrugada de quarta-feira.

O LulzSec, grupo internacional de hackers ativistas que atacou uma longa lista de sites governamentais e corporativos nos últimos meses, comemorou a ação dos parceiros brasileiros em sua conta no Twitter: "Nossa unidade brasileira está fazendo progresso. Bom trabalho @Lulz SecBrazil, irmãos!".

Entre suas ações mais recentes, o LulzSec é apontado como responsável por invadir o site do Senado dos Estados Unidos e tirar do ar temporariamente o site público da CIA.

Em um comunicado recente, o grupo convocou seus seguidores a invadir e causar dano a sites governamentais. "A maior prioridade é roubar e vazar quaisquer informações classificadas como governamentais, inclusive trocas de e-mails e documentos. Os maiores alvos são bancos e outros estabelecimentos de alto nível."

No site oficial, o LulzSecBrazil se apresenta como "uma ideia de um mundo livre, sem opressão e pobreza e que não é comandada pela voz tirânica de um pequeno grupo de pessoas no poder (...). O governo e o povo são, ao contrário do que dizem os supostos fundamentos da ‘democracia’, entidades distintas com objetivos e desejos conflitantes, às vezes."

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