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A candidata à presidência da República pelo PSOL, Heloísa Helena, esteve nesta segunda-feira na porta da fábrica da General Motors, na cidade de São José dos Campos, e também participou de um ato em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, reduto do ex-líder sindical e presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato em São Bernardo foi em solidariedade aos metalúrgicos da Volkswagen, ameaçados de demissão. Heloísa Helena culpou a política econômica do governo Lula pela desestruturação dos parques produtivos e citou a Volkswagen como exemplo. Ela defendeu a redução dos juros pela metade e a criação de novas linhas de crédito do BNDES para exportação, além de alterações no câmbio.

- Achamos importante que o BNDES esteja à frente para financiar linhas de crédito de exportação, com políticas que evitem a demissão e a precarização das relações de trabalho - afirmou.

Perguntada sobre o fato de a inflação crescer se for feita uma redução drástica de juros, a candidata disse que vincular a inflação aos juros é "uma farsa econômica":

- A única forma de aumentar a inflação com a redução dos juros seria os banqueiros especuladores distribuírem para o povo R$ 1 trilhão, para comprar geladeira e alimentos, o que é impossível. A redução da taxa de juros pela metade significa R$ 160 bilhões para investimentos.

Acompanhada do candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, outro ex-petista, Heloísa Helena recebeu um buquê de lírios brancos de Maria Cristina Mendes Caldeira, ex-mulher do presidente do PL Valdemar Costa Neto e candidata a deputada federal pelo PV. Cristina denunciou o ex-marido no escândalo do mensalão, que o levou à renúncia do mandato no ano passado.

A senadora afirmou que Lula tenta ludibriar a população ao culpar o sistema político brasileiro pela corrupção dos partidos. Ela declarou ainda que já há leis para coibir as irregularidades cometidas pelos políticos, enquanto o presidente defendeu no domingo, em discurso realizado em Pernambuco, a necessidade de uma reforma política para combater os atos ilícitos.

- É um mecanismo para tentar ludibriar a opinião pública que não tem conhecimento das leis do Brasil. A legislação em vigor no país, seja o código penal seja o código eleitoral, já estabelece como crime tudo o que foi patrocinando (pelos partidos) - disse a candidata no vão livre do Masp, em São Paulo, onde realizou minicomício.

Heloísa Helena ainda fez uma caminhada por São Bernardo do Campo e um ato em frente à Igreja Matriz, local freqüentado por Lula todos os anos no Dia do Trabalho. Perguntada sobre o simbolismo do local, disse que é "como estar em qualquer outro lugar do Brasil".

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