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O nome da crise de estresse de Amir Lando (RO) é Ney Suassuna (PB). Mais do que o governo ou qualquer outro parlamentar implicado no escândalo sanguessuga, o líder do PMDB no Senado pressiona o relator da CPI de todas as formas para salvar-lhe a pele no relatório que deverá ser apresentado nesta quinta.

Foi Suassuna quem indicou o nome de Lando para integrar a comissão. Até a semana passada, o atormentado relator dizia carecer de provas contra o correligionário, embora o restante da cúpula da CPI já lhe apontasse evidências claras de envolvimento do senador. Depois do depoimento do ex-assessor Marcelo de Carvalho, o próprio Lando começou a dar sinais de que pedirá o indiciamento de Suassuna.

Geral – Presidente e sub-relatores da CPI avaliam que, além de Suassuna, os outros dois senadores até agora envolvidos no escândalo – Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) – também terão de ser encaminhados ao Conselho de Ética.

Corda – A CPI não conta com a votação do relatório parcial antes do dia 16. Aposta-se que, na quinta, alguém peça vistas do parecer. Só na próxima semana o texto deve ir a voto.

Pauta 1 – Ainda que investigação mais aprofundada sobre o Executivo fique para depois, a oposição pressiona Lando a incluir no relatório o que já se sabe a respeito da atuação da máfia sanguessuga no Ministério da Saúde.

Pauta 2 – Outra demanda dos oposicionistas é mencionar no texto as prefeituras investigadas e as empresas que integravam a rede da Planam.

Fator de risco – De olho na reeleição, Lula fez chegar a Ricardo Berzoini a avaliação de que o PT está dando mole para José Aírton Cirilo, dirigente do partido acusado pelos Vedoin de operar o esquema sanguessuga na Saúde.

Em casa 1 – Não é só na CPI que o programa de inclusão digital do governo, dotado de ônibus superfaturados fornecidos pelos Vedoin, sofre críticas. O coordenador do comitê de inclusão, Rodrigo Assumpção, questiona o caráter itinerante do projeto e diz que sua "única vantagem" estaria no campo da comunicação. "Há poucos beneficiados, mas há mais gente sabendo."

Em casa 2 – "O único exemplo de telecentro móvel bem sucedido que conheço é uma experiência na Inglaterra, em uma comunidade de ciganos", afirma Assumpção.

Mico – Petistas atribuem a escassez de resultados do jantar arrecadador realizado na sexta-feira em São Paulo ao fato de que o evento não foi apenas da campanha de Lula, mas associado à de Aloízio Mercadante. "Os grandes empresários ficaram com medo do Serra e não apareceram", lamenta um dirigente.Saia-justa – Heitor Tomazini, candidato a deputado federal pelo PT-SP, gravou depoimento para o horário gratuito em que pede ao eleitor que não vote "nem em mensaleiro nem em sanguessuga". Resta saber se a peça irá ao ar.

Guerrilha – O site de Lula diz que o Ministério da Saúde mantém 2.736 equipes de médicos de família em São Paulo. O QG de Alckmin afirma que, em 230 delas, o governo estadual complementa o custeio com R$ 23,2 milhões ao ano.

Sempre ele – Em sua passagem por Recife na sexta, Alckmin sentiu na pele o fosso que o separa de Lula entre o eleitorado pernambucano. De sete mensagens de ouvintes lidas durante entrevista concedida pelo tucano a uma rádio local, seis eram para elogiar ou criticar o presidente.

Outro lado – Prefeito de Praia Grande (SC), João dos Santos (PMDB) diz que só foi a ato pró-Lula para prestigiar seu vice, que é do PT: "Sou coerente com minha opção partidária. Vou de Alckmin".

TIROTEIO

De Fernando Ferro (PT-PE), integrante da CPI dos Sanguessugas, sobre Vanderlei Assis (PP-SP), que justificou o dinheiro recebido da quadrilha das ambulâncias dizendo ter vendido quadros de sua autoria ao empresário Luiz Antônio Vedoin, da Planam.

– Sem dúvida podemos afirmar que o nobre deputado andou fazendo arte.

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