Hora da virada

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Os dados da apuração minuto a minuto da eleição presidencial mostram que Dilma Rousseff (PT) só ultrapassou Aécio Neves (PSDB) às 19h32, com 88,9% das urnas abertas, no último domingo. Até então, Aécio liderava a disputa do segundo turno, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral. Devido ao fuso horário do Acre, o resultado da apuração só foi divulgado após as 20 horas no domingo.

Nordeste em cena

A eleição presidencial conti­­nua gerando polêmica na As­­sembleia Legislativa do Pa­­ra­­­­ná. Ontem, o deputado Ras­­ca Rodrigues (PV) subiu ao ple­­­nário para discursar sobre a votação de Dilma na região Nordeste do país. "Buscaram culpados e tentaram desqualificar a região, que apenas fez uma opção pelo projeto que está fazendo dela novamente protagonista no Brasil", afirmou Rasca, referindo-se à declaração do deputado Plauto Miró (DEM) de que a votação contrapôs "quem pensa e quem não pensa".

Aliás...

Plauto rebateu e negou que sua fala tenha sido discriminatória. "Não questionei o voto dos outros. Só disse que o Aécio ganhou em todas as regiões com maior IDH. Eu defendo esse lado, o lado de quem trabalha e gera emprego."

Explicações 1

A oposição ao governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa vai protocolar um pedido de informações sobre a desvinculação do Detran da Secretaria de Estado da Segurança Pública e a transferência para a Casa Civil. A mudança foi feita por meio de decreto, assinado por Richa no último dia 22. Pelo Decreto 12.396, o órgão continuará exercendo suas funções como atualmente, mas no prazo de 180 dias terá de estar vinculado à Casa Civil.

Explicações 2

O deputado Tadeu Veneri (PT) quer saber se há a possibilidade de recursos do Detran serem remanejados para outras áreas. No ano passado, o governo venceu uma batalha judicial para destinar os recursos do "tarifaço" do Detran para a área da segurança pública e a recuperação de rodovias. A estimativa era que o governo teria um adicional de R$ 350 milhões por ano para essas áreas. A assessoria da Casa Civil afirmou que se trata apenas de uma política da atual administração, de vincular órgãos da administração indireta, como Copel, Sanepar e Cohapar, à Casa Civil.

Colaboraram: Guilherme Voitch, José Marcos Lopes e Bruna Maestri Walter.