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Intrigado com o fato de o governo do Paraná não querer liberar informações sobre gastos com publicidade em 2006, o deputado estadual Marcelo Rangel (PPS), que preside a Comissão de Comunicação da Assembléia Legislativa, insistiu e conseguiu aprovar o requerimento. O pedido foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O que motivou o senhor a pedir informações sobre gastos do governo com mídia em 2006?

Transparência. Se existe caixa-preta, vamos abri-la. As informações não são claras. E estou fazendo meu trabalho de deputado. O governador Roberto Requião (PMDB) diz que é atacado pela imprensa porque não gasta com mídia. Quero ver se é verdade. Se for, vamos dizer que é.

Por que os deputados da base governista quiseram tanto barrar esse pedido de informações?

Houve uma ordem do Executivo para isso. Do alto escalão do governo estadual. E foi isso que me intrigou quando fiz o pedido pela primeira vez. Fiquei desconfiado e achei estranho.

Como o senhor conseguiu, finalmente, a aprovação do requerimento?

Sabia que às quintas-feiras o quórum é menor. Insisti com o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, para que a bancada aprovasse. Ele ficou irredutível. Pedi, então, que ele liberasse a base do governo para votar por convicção e pedi que ele fizesse o meu requerimento, já que ele havia dito que estava mal fundamentado. Ele não teve resposta.

O fato de Caíto Quintana ter sido a favor do requerimento ajudou?

Ele foi extremamente ético e se pronunciou pela transparência. Ele tem personalidade. E quero que todos saibam que não tenho dívida política com ninguém nem amarras com qualquer governo.

O senhor considera que há deputados com amarras governamentais?

Deve ser terrível receber milhares de votos e ser tocado como gado, com uma varinha dizendo para onde se deve ir. Ficar sentado e esperar o líder da bancada dizer o que fazer não funciona. A aprovação do meu requerimento, por 15 votos a favor e 14 contra, foi uma vitória do Legislativo. Mostramos que ainda temos um parlamento e que não pode ficar submisso ao Executivo.Marcelo Rangel, deputado estadual.

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