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O IBGE e o Ministério do Meio Ambiente lançaram nesta quinta-feira dez mapas temáticos da Amazônia Legal, que representa 59% do território do país e que, segundo cientistas, está ameaçada de sofrer seca extrema a partir de 2071. O levantamento do governo brasileiro mostra de forma integrada os principais focos de calor e frentes de desmatamento na região, e pode servir de instrumento para combater o prognóstico ruim dos estudiosos suíços.

Pelo mapa "Fronteira agropecuária e mineral na vegetação natural", é possível visualizar o caminho que o desmatamento percorre - um deles é a BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA).

O principal enfoque da compilação é a distribuição das zonas ecológicas e econômicas da Amazônia Legal, que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Maranhão e cinco municípios de Goiás ( clique aqui para visualizar o mapa). Estes dados já haviam sido levantados individualmente por cada estado, mas pela primeira vez foram organizados em um só mapa. O ano que serviu de base para o levantamento foi 2003.

- A importância deste mapa é que juntamos os levantamentos estaduais, formando de forma inédita um grande quadro de referência da Amazônia Legal - afirmou a geógrafa do IBGE Adma Hamam de Figueiredo, que coordenou o estudo. ( clique aqui e ouça entrevista com a especialista )

Ela ressaltou que este mapa, além de mostrar as áreas que estão preservadas atualmente, indica as que deveriam ser conservadas, usadas para manejo florestal ou passar por um processo de reordenação da ocupação territorial. Adma destacou ainda a importância do material para o planejamento da ação pública.

Os mapas lançados pelo governo trazem também informações sobre a divisão política da região, a rede urbano-regional, a estrutura agrária, a diversidade sociocultural e a tipologia da ocupação territorial.

O IBGE informou que a coleção de mapas pode ser atualizada a partir de 2008, com dados recolhidos no censo agropecuário que será realizado este ano. Segundo o instituto, o ideal seria atualizar as informações a cada dois anos.

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