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O presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, se espelha tanto na figura do chefe que também teve suas contas bancárias bloqueadas pela Justiça – assim como o governador Roberto Requião. Enquanto Requião teve R$ 50 mil bloqueados pelo juiz federal Edgard Lipmann Júnior por uso indevido da TV Educativa, Doático está impedido de movimentar seu dinheiro por causa de uma ação movida por Jaime Lerner, da época em que ainda era prefeito. O peemedebista, na época vereador de oposição, acusou Lerner de improbidade administrativa. A Justiça o condenou a pagar indenização de R$ 97 mil a Lerner. Como não pagou, teve as contas bloqueadas. Doático diz ser vítima de linchamento político. "Eles não querem que eu faça política. Mas, se for preciso mudar meu pensamento, prefiro não fazer."

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Retrato fiel 1

As opiniões dos candidatos à prefeitura de Curitiba sobre a pesquisa DataFolha publicada ontem variam conforme a posição dos concorrentes. Para os dois primeiros colocados, Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT), a pesquisa é um retrato fiel do que ocorre na campanha.

Retrato fiel 2

"Estes números refletem o que temos visto na campanha, com um apoio muito grande da população para a administração municipal", disse Richa, com 71% das intenções de voto. "O resultado da pesquisa só comprova o que nós estamos sentindo nas ruas. Quanto mais a população conhece as nossas propostas, mais o cenário muda", afirmou a petista, que cresceu de 12% para 15%.

Retrato distorcido 1

Já para Carlos Moreira (PMDB), com 1%, a pesquisa ainda não conseguiu captar uma mudança na preferência do eleitor. Ele argumentou que os concorrentes só mostraram a cara nos programas eleitorais de quarta e sexta-feira. E, por issos a pesquisa, que foi realizada na quinta e sexta, apresentou resultado semelhante ao da anterior.

Retrato distorcido 2

O candidato do PTB, Fabio Camargo, também acha que é a partir dos próximos dias que a propaganda política no rádio e na tevê vai modificar a intenção de voto. "A primeira semana serviu apenas para os candidatos se apresentarem. A partir de agora é que vamos debater o que Curitiba tem de bom e o que pode ser melhorado."

Vinheta vetada

O próximo programa eleitoral dos candidatos a vereador do PMDB em Curitiba, na terça-feira, não poderá mais veicular as vinhetas com número e nome de Carlos Moreira, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O comando da campanha vai recorrer da decisão e ressalta que as inserções, que apareciam entre as falas de cada candidato, tinham sido liberadas no julgamento em primeira instância.

Na balada

Fabio Camargo (PTB) marcou presença na Tribaltech, festa eletrônica que reuniu cerca de 15 mil pessoas no sábado. Na ocasião, prometeu todo o apoio para a realização de eventos de grande porte na cidade. Ficou a dúvida se ele estava se referindo a Piraquara, onde ocorreu a festa, ou à capital, onde ele é candidato.

Sra. Garotinho

A ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, candidata do PMDB a prefeita de Campos, foi obrigada pela Justiça Eleitoral a usar o nome político do marido, o ex-governador Anthony Garotinho, na propaganda eleitoral. Ela vinha se apresentando apenas como Rosinha nos programas de rádio e tevê e ainda não apareceu ao lado do marido durante a campanha.

Saída de cena

O secretário nacional de Relações Institucionais do PT, Romênio Pereira, responsável pela condução das eleições municipais no partido, vai se afastar por 60 dias do cargo.

Ele é apontado pelo MP Federal como o elo entre prefeitos petistas e uma quadrilha que teria desviado R$ 700 milhões em 119 prefeituras desde 2001. Pereira nega qualquer irregularidade.

Satiagraha

A Comissão de Ética Pública analisa hoje se o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, cometeu algum desvio ao passar informações privilegiadas sobre investigações da Operação Satiagraha ao ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT). A comissão também discutirá se a ministra Dilma Rousseff, cometeu algum desvio ético no caso da venda da VarigLog.

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Pinga-fogo

Do jornalista Benedito Pires, homem da comunicação do governador Roberto Requião (PMDB), justificando a jornalistas porque o peemedebista não daria entrevista na quinta-feira, quando passou por Londrina: "Eu já sei o que vocês vão perguntar". Talvez não fosse difícil mesmo descobrir. Com a quantidade de parentes que Requião emprega no governo e com os jornais estampando manchetes com a decisão STF, fatalmente o nepotismo entraria na agenda.

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