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| Foto: Elza FiúzaL/ABr

META

O Ministério da Fazenda reiterou que a correção de 10% no benefício do Bolsa Família é compatível com o cumprimento da meta fiscal de 1,9% do PIB neste ano. Segundo a pasta, se for preciso, haverá cortes de despesas de custeio para garantir o cumprimento da meta. O orçamento previsto para o Bolsa Família este ano é de R$ 24,6 bilhões.

O impacto nas contas públicas do reajuste de 10% no programa Bolsa Família, anunciado nesta semana pela presidente Dilma Rousseff, será de R$ 1,7 bilhão este ano. Em 2015, o valor sobe para R$ 2,7 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello (foto).

A ministra disse que o déficit está previsto no orçamento da pasta este ano e, por isso, não haverá cortes em outros setores para garantir o reajuste. Com o aumento, o benefício básico do programa vai subir de R$ 70 para R$ 77. O valor médio recebido pelas famílias com o reajuste sobe para R$ 167. Segundo a ministra, ele era de R$ 94 quando Dilma assumiu o governo, em 2011.

O decreto ampliando o valor do Bolsa Família publicado ontem no Diário Oficial da União prevê que cada família do programa receba pelo menos R$ 77. Se os benefícios somados não atingirem esse valor, o governo vai completá-lo para que o valor seja atingido. O decreto também aumenta de R$ 32 para R$ 35 o valor recebido por famílias com crianças e jovens até 15 anos.

A ministra rebateu as críticas de que o reajuste é "eleitoreiro" e foi anunciado a seis meses de a presidente Dilma disputar a reeleição ao Palácio do Planalto. Mirando no PSDB, Campello disse que a oposição passou a se preocupar com o Bolsa Família com a proximidade das eleições, em postura que não era adotada em 2011, data do último reajuste.

Sem mencionar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos prováveis adversários de Dilma em outubro, a ministra classificou de "leviana" e "irresponsável" a postura da oposição de defender um reajuste maior para o Bolsa Família. Aécio disse que o valor básico do programa deveria chegar a R$ 83, levando em conta os critérios fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU) de US$ 1,25 por dia, com uma renda mínima para se estar acima da linha da pobreza. Segundo ela, o Bolsa Família não pode variar segundo o dólar, que tem um câmbio "sujeito a especulações e movimentos perigosos".

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