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Brasília (Folhapress) – A incidência de casos de Aids no Brasil se manteve estável no ano passado em comparação ao final da década de 90, chegando a perder força entre jovens, usuários de drogas injetáveis e crianças abaixo de cinco anos. Na contramão, porém, estão as taxas das regiões Norte e Nordeste e das populações negra e parda – todas com tendência de alta.

Esses são os principais resultados do último "Boletim Epidemiológico DST-Aids’’, divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.

Apesar da tendência de estabilidade dos casos no país, os números ainda são elevados: foram 30.886 novos registros em 2004, contra 28.318 em 1998. Isso representa uma incidência de 17,2 casos por 100 mil habitantes e 17,5, respectivamente. Houve uma pequena queda em relação a 2003, quando a taxa foi a maior desde 1994, atingindo 19,2 casos por 100 mil habitantes.

Já nas regiões Norte e Nordeste a incidência vem crescendo ano a ano, chegando a 11,1 casos novos de Aids por 100 mil moradores e 8,7, respectivamente. Cinco Estados preocupam mais por terem registrado alta acima de 100% entre 1998 e 2004 – Maranhão, Pará, Acre, Piauí e Roraima.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de Aids, Pedro Chequer, entre as causas para esse aumento está o difícil acesso a informações e aos serviços de saúde. Para tentar reverter o quadro, Chequer disse que o governo vem ampliando o número de municípios atendidos com programas de combate à Aids e incluindo o atendimento à doença na rede básica de saúde.

Um dos pontos positivos é a queda entre jovens. A incidência caiu de 2,2 casos por 100 mil habitantes em 98 para 1,6 no ano passado na faixa etária dos 13 aos 19. Entre jovens de 20 a 24 anos, a taxa passou de 19,1 para 11,8.

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