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Dados das 27 superintendências estaduais da Polícia Federal (PF) sugerem que a produtividade da instituição caiu entre 2010 e 2012 – com redução nas apreensões de cocaína e inquéritos concluídos no período. As informações constam de um boletim interno da PF de 3 de dezembro, obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, que publicou neste sábado as conclusões do documento.

No boletim, há o detalhamento das estatísticas de 2008 a 2012. Segundo a reportagem, o número de inquéritos concluídos caiu de 88.940 em 2010 para 58.430 em 2012. A quantidade de toneladas de cocaína apreendidas diminuiu de 27 toneladas em 2010 para 19,9 em 2012. Isso ocorreu mesmo com o aumento de operações realizadas, de 252 no primeiro ano do levantamento para 299 em 2012. Também houve um pequeno acréscimo no número de prisões: de 2.956 para 3.083.

A PF informou ao jornal, por meio de nota, que a queda no número de inquéritos concluídos e de apreensões de cocaína se deve à utilização de outras estratégias de investigação. O diretor da Associação Nacional dos Delegados da PF, Carlos Sobral, disse que houve uma mudança de metodologia de avaliação e que não é possível dizer que a produtividade caiu.

A Folha de S.Paulo ainda divulgou dados do Índice de Produtividade Operacional (IPO). A superintendência da PF no Paraná é a mais produtiva do país, com uma nota de 4,38 numa escala de 0 a 10. O Amapá teve o pior desempenho: 1,12.

O IPO, criado em 2013 para mensurar a eficiência policial, mede três itens: as atividades operacionais (inquéritos concluídos, operações, prisões e apreensões de drogas); as não operacionais (emissão de passaporte e controle de aeroportos e portos); e as características geográficas de cada superintendência (população do estado, número de municípios, se têm fronteiras e se há reservas indígenas).

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