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O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, informou há pouco que as investigações sobre as causas do acidente que provocaram a queda do Boeing 737-800 da Gol serão muito complexas e que ainda não é possível indicar se o que houve foi falha técnica ou falha humana. J.Carlos, como é conhecido, afirmou que existe até a possibilidade de perda de contato dos pilotos com a torre.

Segundo o brigadeiro, as principais dúvidas que surgem neste momento são:

1) por que os dois aviões estão no mesmo nível (altura), quando deveria haver uma diferença de 300 metros entre eles?

2) como o choque pode ocorrer se os dois avisões são modernos e dispõem de equipamentos anticolisão? O brigadeiro explicou que esses equipamentos dão um aviso luminoso e sonoro, além de instruções aos pilotos quando há uma situação de risco iminente, como a aproximação de uma outra aeronave.

Os questionamentos das autoridades da aviação civil devem-se a dois fatos. O primeiro é que as aeronaves deveriam estar a 37 mil pés uma e 36 mil pés outra. Devido à colisão, isso significa que essas posições não foram respeitadas.

O segundo é que os dois aviões foram entregues aos seus donos nos últimos 20 dias, portanto são novos e os equipamentos anti-colisão deveriam estar a pleno vapor. O Boeing foi entregue à Gol no dia 12 de setembro e tinha 200 horas de vôo apenas. Já o Legacy tinha 600.

Perguntado sobre por que o Legacy teria conseguido pousar, enquanto o Boeing caiu, J.Carlos explicou que esta questão depende de onde o avião é atingido.

No caso da aeronave da Embraer, ela perdeu parte da asa e da calda, mas com estas avarias um avião ainda consegue pousar. Já o avião da Gol pode ter sido atingido, por exemplo, na parte hidráulica, essencial a quase todos os comandos para decolagem, vôo e pouso.

Segundo o brigadeiro, nas investigações, que devem durar pelo menos 3 meses, é preciso analisar aspectos como, por exemplo, se os motores dos aviões estavam funcionando ou parados no momento da colisão. Isso poderá indicar as condições do acidente.

Do ponto de vista da apuração das causas, ajudará o fato de uma das aeronaves ter pousado, havendo testemunhas do choque.

Apesar do acidente, J.Carlos fez questão de enfatizar que a aviação civil nacional é bastante segura:

- O Brasil é conhecido por ser um país top de linha em segurança de vôo. Não há nenhum motivo para que a população tenha medo de viajar. Este caso foi uma raridade - afirmou o presidente da Infraero.

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