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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai dividir em dois o inquérito que investiga fraudes em licitações para a construção de trens e do metrô de São Paulo durante governos tucanos. Uma das pontas da investigação vai retornar para a Justiça Federal de São Paulo. A outra permanecerá no STF. Só serão alvo da mais alta corte do país os suspeitos com direito a foro especial pelos cargos que ocupam. Dos dez investigados, quatro têm essa prerrogativa.

Ficarão sob a mira do STF o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e três dos secretários estaduais de São Paulo que também são deputados federais, mas estão licenciados do cargo: Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico). Os outros seis investigados retornarão aos cuidados da Justiça paulista. São três ex-dirigentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); duas parentes de um ex-diretor da companhia; e o lobista Arthur Gomes Teixeira.

O inquérito investiga a suposta formação de cartel entre fornecedores do Metrô e da CPTM durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. A empresa alemã Siemens, que admitiu integrar o esquema, entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documentos atestando que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel com 18 empresas.

O caso tramitava na Justiça Federal de São Paulo, mas foi transferido para o STF por causa dos quatro deputados federais investigados. O inquérito está sob segredo de Justiça.

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