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Leprevost: candidato preterido a vice de Ducci | Priscila Forone/Gazata do Povo
Leprevost: candidato preterido a vice de Ducci| Foto: Priscila Forone/Gazata do Povo

Legenda forte

Partido ganha tempo de tevê e verba partidária; e se torna a 4.ª força eleitoral

Das agências

O PSD ontem conquistou na Justiça direitos políticos plenos e, agora, é a quarta força eleitoral do país. O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento que assegurou ao partido tempo na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão de acordo com sua bancada na Câmara. E o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu à legenda o direito de receber verbas do fundo partidário também equivalentes à bancada. Com isso, o PSD passou dos R$ 40 mil mensais destinados a todos os partidos sem representação no Congresso para R$ 1 milhão mensais.

Criado no ano passado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD nasceu como uma dissidência de políticos do oposicionista DEM que tinham a intenção de migrar para a base aliada da presidente Dilma Rousseff. Acabou atraindo políticos de outros partidos e arregimentou 48 dos 513 deputados – a quarta maior bancada na Câmara, atrás de PT (86 parlamentares), PMDB (80) e PSDB (52).

Havia a dúvida jurídica, porém, se o PSD deveria ter direito a todos os privilégios dados aos partidos com representação na Câmara (como tempo de tevê e cota do fundo partidário). O argumento, rejeitado pela Justiça, era de que nenhum de seus deputados havia sido eleito pela legenda e, portanto, os partidos originais é que tinham direito aos benefícios.

Insatisfeito em não ter indicado o vice na chapa de reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB), o PSD deixou para hoje a definição da candidatura que vai apoiar na eleição de Curitiba. Fontes das campanhas de Ducci e de Gustavo Fruet (PDT) informaram ontem à Gazeta do Povo que integrantes do PSD passaram o dia negociando com os dois grupos. Havia rumores também que haveria conversas com o candidato do PSC, Ratinho Júnior, para que o deputado estadual Ney Leprevost (PSD) fosse o seu vice. Mas Ratinho desmentiu a informação. A Gazeta do Povo tentou falar com Leprevost durante a tarde e a noite de ontem, mas não conseguiu entrevistá-lo.

O PSD teria se sentido mais valorizado para negociar o apoio na eleição de Curitiba após as decisões da Justiça que garantiram tempo de tevê no horário eleitoral gratuito e mais verba do fundo partidário (leia quadro abaixo). No caso do tempo de tevê, o PSD ganhou o direito a cerca de dois minutos diários.

A adesão do PSD à chapa de Ducci era praticamente certa até o anúncio, na quarta-feira, de que o vice na chapa do prefeito seria o deputado federal Rubens Bueno (PPS). O PSD havia realizado convenção municipal no sábado passado na qual ficou decidido que o partido apoiaria o prefeito. O presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, esteve em Curitiba para propor Ney Leprevost como vice de Ducci. Mas, como a definição da vaga ainda estava em aberto, o PSD não fechou a ata do encontro – o que abriu a possibilidade de mudar a decisão até hoje, último dia para os partidos realizarem convenções.

Neste sábado, além do fechamento da convenção do PSD, o PSB de Ducci e o PSC de Ratinho também vão realizar as suas – neste caso, só para oficializar as candidaturas.

Colaborou Daniela Neves.

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