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eleição virtual

Internet vira território para mitos e boatos durante campanha eleitoral

Falsas informações divulgadas na rede podem confundir eleitor, que deve procurar sites independentes antes de formar opinião

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A cada nova eleição, a internet vem se firmando como um dos mais importantes instrumentos de campanha, seja para os candidatos ampliarem o alcance de seus discursos, seja para os eleitores se informarem a respeito das propostas dos concorrentes. Mas ao mesmo tempo que traz vantagens para o processo democrático, a rede também tem suas armadilhas, que podem trair os internautas menos informados. Com o início do período eleitoral, está aberta a temporada de propagação de boatos, notícias falsas e mitos que servem apenas para confundir o eleitor. Separar o verdadeiro do falso é necessário para que o votante não seja levado a fazer uma escolha equivocada.

Exemplos do mau uso eleitoral da internet não faltam. Há alguns mitos que se propagaram através de e-mails e redes sociais, como o de que se houver 50% de votos nulos a eleição é anulada, ou então o de que o voto em branco vai para o candidato que estiver na frente. Ainda há as falsas notícias que apontam números de pesquisas fictícias, votações inexistentes, leis imaginárias ou acusações contra candidatos.

O professor da Univer­­sida­­de Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador na área de internet e política Sérgio Soares Braga dá uma dica importante para o eleitor não se deixar enganar pela boataria virtual: comportar-se como um consumidor. "Ele deve tomar as mesmas precauções que adota ao fazer uma compra pela internet: verificar a confiabilidade da informação que está consumindo", resume. Para isso, são recomendados procedimentos como consultar diferentes sites, conversar com amigos e buscar a origem da informação.

Braga lembra que a disseminação de falsas informações é mais comum durante a reta final de campanha, o que não significa que os boatos não apareçam neste início. "Com a velocidade de disseminação da internet, pessoas mal-intencionadas se aproveitam daqueles que não têm uma formação adequada e que repassam notícias sem questionar se elas são mesmo verdadeiras."

Para Luiz Domingos Costa, doutor em ciência política e professor da Uninter, é preciso desconfiar também das notícias divulgadas por meio dos perfis dos candidatos nas redes sociais. "Essas mídias ainda são muito mal usadas para informação. Geralmente essa propaganda negativa vem do próprio candidato, que a usa para se promover ou destacar algum ponto negativo de seus opositores", ressalta. Ele também recomenda que os eleitores consultem sites de organizações e movimentos sociais independentes, evitando acompanhar apenas blogs que possam ter um direcionamento político-partidário.

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