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Na rede

Confira alguns mitos sobre as eleições que circulam na internet e a informação correta:

• Se houver 50% de votos nulos a eleição será anulada

Segundo a lei eleitoral, se a nulidade atingir mais da metade dos votos, a eleição realmente é anulada. No entanto, essa nulidade vale apenas nos casos de fraude ou outros problemas. Os votos nulos espontâneos não são considerados nessa conta.

• Voto em branco vai para o candidato que está ganhando

Os votos em branco, assim como os votos nulos, não são contabilizados no resultado final da eleição. O que acontece é que, como eles não entram na conta, o candidato que está na frente precisa de menos votos para ser eleito.

• Em eleição com candidato único é necessário que ele tenha mais de 50% dos votos

Na verdade, apenas em municípios onde há segundo turno é necessário que o vencedor tenha 50% dos votos mais um. Nos demais, ganha aquele que tiver a maioria absoluta. Portanto, quando há apenas um candidato na disputa, ele só não é eleito se não obtiver nenhum voto.

• Quem justificar o voto por três vezes perde o título

Não há limite para justificar o voto. Terá o título cancelado aquele eleitor que deixar de votar por três eleições consecutivas (incluindo primeiro e segundo turno), sem apresentar justificativa de ausência.

Previna-se

Confira algumas dicas para não ser vítima da boataria virtual:

• Nunca confie na primeira informação se ela for duvidosa. Use as ferramentas de busca e procure cruzar a notícia com mais fontes.

• Consulte jornais e portais de notícias, visto que são órgãos que têm como função primordial checar a veracidade das informações.

• Verifique se o site onde está a informação é de confiança. Confira o domínio, o histórico e tome cuidado com páginas clonadas.

• Questione aquilo que vem dos próprios candidatos, pois sempre pode haver interesse em prejudicar adversários.

• Converse com amigos para trocar impressões e dúvidas sobre o noticiário que envolve o processo eleitoral.

• Nunca repasse uma informação que considera suspeita. Passe à frente apenas quando tiver certeza de que ela é verídica.

A cada nova eleição, a internet vem se firmando como um dos mais importantes instrumentos de campanha, seja para os candidatos ampliarem o alcance de seus discursos, seja para os eleitores se informarem a respeito das propostas dos concorrentes. Mas ao mesmo tempo que traz vantagens para o processo democrático, a rede também tem suas armadilhas, que podem trair os internautas menos informados. Com o início do período eleitoral, está aberta a temporada de propagação de boatos, notícias falsas e mitos que servem apenas para confundir o eleitor. Separar o verdadeiro do falso é necessário para que o votante não seja levado a fazer uma escolha equivocada.

Exemplos do mau uso eleitoral da internet não faltam. Há alguns mitos que se propagaram através de e-mails e redes sociais, como o de que se houver 50% de votos nulos a eleição é anulada, ou então o de que o voto em branco vai para o candidato que estiver na frente. Ainda há as falsas notícias que apontam números de pesquisas fictícias, votações inexistentes, leis imaginárias ou acusações contra candidatos.

O professor da Univer­­sida­­de Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador na área de internet e política Sérgio Soares Braga dá uma dica importante para o eleitor não se deixar enganar pela boataria virtual: comportar-se como um consumidor. "Ele deve tomar as mesmas precauções que adota ao fazer uma compra pela internet: verificar a confiabilidade da informação que está consumindo", resume. Para isso, são recomendados procedimentos como consultar diferentes sites, conversar com amigos e buscar a origem da informação.

Braga lembra que a disseminação de falsas informações é mais comum durante a reta final de campanha, o que não significa que os boatos não apareçam neste início. "Com a velocidade de disseminação da internet, pessoas mal-intencionadas se aproveitam daqueles que não têm uma formação adequada e que repassam notícias sem questionar se elas são mesmo verdadeiras."

Para Luiz Domingos Costa, doutor em ciência política e professor da Uninter, é preciso desconfiar também das notícias divulgadas por meio dos perfis dos candidatos nas redes sociais. "Essas mídias ainda são muito mal usadas para informação. Geralmente essa propaganda negativa vem do próprio candidato, que a usa para se promover ou destacar algum ponto negativo de seus opositores", ressalta. Ele também recomenda que os eleitores consultem sites de organizações e movimentos sociais independentes, evitando acompanhar apenas blogs que possam ter um direcionamento político-partidário.

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