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Um mês depois de apresentar relatório parcial do inquérito que apura as causas do acidente envolvendo o Boeing 737-800 da Gol e o jato executivo Legacy, ocorrido em 29 de setembro, a Polícia Federal ainda não obteve autorização para continuar o trabalho. Oficialmente, as investigações estão paralisadas.

O pedido de prorrogação do inquérito foi encaminhado no dia 13 dezembro à Justiça Federal de Sinop, município localizado 500 quilômetros ao Norte de Cuiabá, que o enviou em seguida ao Ministério Público Federal, com prazo de 20 dias para análise. Até o momento, porém, não houve resposta.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o procurador da República Thiago Lemos de Andrade, a quem cabe produzir um parecer, negou ter extrapolado o limite estabelecido pela Justiça. Segundo ele, seria preciso desconsiderar o período de recesso judicial — que se estendeu entre 20 de dezembro e 6 de janeiro.

Por este cálculo, o prazo para uma posição do MPF estará esgotado no próximo dia 19. O procurador assegurou, contudo, que sua posição deverá ser encaminhada ainda nesta semana. A partir daí, a continuidade do inquérito dependerá do juiz federal

Charles Renaud Frazão de Moraes.

Na Polícia Federal, o único andamento dado ao caso foram pedidos de informação encaminhados ao Departamento de Controle de Espaço Aéreo (DCEA) e à Embraer, empresa fabricante do jato Legacy. Os dados serão remetidos ao Instituto Nacional de Criminalística, que deverá iniciar uma perícia ampla sobre o caso, prevista para durar pelo menos 30 dias.

O acidente causou a queda do Boeing, matando as 154 pessoas a bordo. O jato Legacy, mesmo avariado, conseguiu pousar em uma base militar na serra do Cachimbo, no Sul do Pará. Embora o relatório parcial não aponte a possível causa do acidente, a

PF decidiu pedir o indiciamento dos dois pilotos do jato, os americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, por conduta perigosa.

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