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O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, "aprecia" o interesse do governo italiano de "recorrer a cada instrumento previsto pelo ordenamento jurídico do Brasil e pelo internacional para reforçar as razões colocadas na base do pedido de extradição de Cesare Battisti", informou nesta sexta-feira (23) um comunicado do Quirinale, a presidência italiana, que confirma ter recebido a resposta do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Napolitano teve um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini. As informações são da Agência Ansa.

"O presidente da República, Giorgio Napolitano, recebeu hoje do presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a resposta à carta enviada em 16 de janeiro", diz a nota do Quirinale. "O presidente Lula quis exprimir a plena consideração do Brasil 'pela magistratura italiana e pelo Estado de direito democrático vigente na Itália e fé no caráter democrático, humanitário e legítimo' do nosso ordenamento jurídico. Ao mesmo tempo, o presidente Lula se referiu às bases jurídicas internas e internacionais, da decisão tomadas pelas autoridades brasileiras em relação ao caso Battisti. A carta é concluída com a reafirmação dos laços históricos e culturais que unem o Brasil e a Itália e da vontade de reforçar as relações bilaterais entre os dois países".

Em um encontro mais cedo com Frattini, o presidente Napolitano tomou conhecimento da carta de Lula e decidiu que a Itália deverá usar os instrumentos do sistema jurídico brasileiro e do internacional para reforçar o pedido de extradição de Cesare Battisti, "condenado à prisão perpétua pelos homicídios cometidos nos anos de ataques terroristas contra a democracia italiana", disse o Quirinale.

Em 17 de janeiro, Napolitano escreveu a Lula e manifestou "profundo estupor" pela decisão do ministro da Justiça do Brasil Tarso Genro, de conceder status de exilado político a Battisti, ex-terrorista do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, condenado por quatro homicídios ocorridos entre 1977 e 1979. Segundo a Ansa, o governo brasileiro não divulgará os conteúdos das cartas.

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