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O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que o caso de Henrique Pizzolato só será avaliado "se e quando" o governo brasileiro enviar informações oficiais sobre a fuga do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão. Pizzolato, que tem cidadania italiana, é considerado fugitivo pela justiça brasileira desde a semana passada. O governo da Itália ainda não confirmou se ele entrou ou não no país.

Por meio da assessoria de imprensa, a chancelaria italiana comunicou que todas as informações que dispõe sobre possível fuga de Pizzolato para o país europeu partiram da embaixada em Brasília ou foram as veiculadas pela imprensa.

A diplomacia italiana alega que não foi informada pelo governo brasileiro sequer da apreensão dos passaportes brasileiro e italiano de Pizzolato por determinação do Supremo Tribunal Federal. Questionada, a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores informou não saber se foi ou não emitido um novo passaporte ou outro documento de viagem que permitisse a Pizzolato embarcar de Buenos Aires rumo a Europa.

As autoridades italianas adotaram uma regra de silêncio sobre o caso. Somente ontem o Ministério da Justiça do país informou que analisaria um pedido de extradição do ex-diretor do BB, se ela fosse pedida no Brasil.

Pizzolato figura na lista de procurados da Interpol, mas isso tem pouco efeito prático no caso de ele estar refugiado na Itália.O caso guarda semelhanças com o do banqueiro Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, que foi condenado no Brasil e fugiu para a Itália em 2000, onde tinha cidadania. Ele viveu em Roma durante sete anos e só foi capturado quando deixou o país para visitar o principado de Mônaco.

A reportagem apurou que, por meio do organismo de cooperação internacional, a Polícia Federal já pediu à polícia italiana colaboração para localizar Pizzolato, mas ainda não houve confirmação da presença dele no país.

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