Segundo políticos que estiveram neste domingo com o presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), nas conversas que manteve ao longo do dia com correligionários e membros da Mesa, Severino decidiu anunciar na quarta-feira, em pronunciamento no plenário da Câmara, a renúncia ao cargo e ao mandato.
Mas agora à noite, com a chegada do líder do PP, José Janene (PP-PR), contrário à renúncia, Severino voltou a ficar em dúvida sobre a conveniência dessa decisão, mas não deve voltar atrás.
Segundo o quarto-secretário João Caldas (PL-AL), o que mais irritou Severino nos últimos dias foi a movimentação dos partidos para escolher seu sucessor antes de ele decidir se se afastava ou renunciava. Por isso admitiu, por algum tempo, a possibilidade da licença-médica por 120 dias. Com o afastamento, não haveria eleição até que retornasse.
Hoje, entretanto, Severino não conta mais com o afastamento ou licença. Seu discurso está previsto para quarta-feira. Ele espera confirmar o encontro com o presidente Lula para a tarde de segunda-feira.
- Era como se os herdeiros começassem a dividir a herança com o moribundo ainda vivo - disse Caldas.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião