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Lava Jato

Janot diz à oposição que não tem ‘motivos fáticos’ para investigar Dilma

Parlamentares da oposição se reuniram com procurador-geral da República para defender a possibilidade de se investigar a presidente

Na manifestação que fez ao STF, Janot argumentou apenas que entendia não poder fazer a investigação devido a um dispositivo constitucional, sem avançar no mérito | José Cruz/Agência Brasil
Na manifestação que fez ao STF, Janot argumentou apenas que entendia não poder fazer a investigação devido a um dispositivo constitucional, sem avançar no mérito (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse a parlamentares da oposição que não tem elementos para investigar a presidente Dilma Rousseff no âmbito da Operação Lava Jato. Na manifestação que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador tinha argumentado apenas que entendia não poder fazer a investigação devido a um dispositivo constitucional, sem avançar no mérito. “O procurador nos disse que não via motivos fáticos, suporte, razões para investigar a presidente Dilma”, afirmou o deputado do PPS, Raul Jungmann (PE).

Além dele, participaram da reunião os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do DEM, Mendonça Filho (PE). A oposição entrou com um agravo questionando a decisão do ministro Teori Zavascki que acatou o posicionamento de Janot de que não poderia investigar Dilma por impedimento constitucional. Para os parlamentares da oposição, a manifestação de Janot em relação ao mérito não tira força do pedido porque novos elementos poderiam surgir na investigação.

“É uma avaliação preliminar dele (Janot) e não quer dizer que no curso da Operação Lava Jato ou mesmo da CPI da Petrobras não possam surgir fatos novos que levem o Ministério Público a reavaliar a posição atual em relação ao mérito. Se o Supremo entender que é possível a investigação da presidente pela PGR a qualquer instante o Ministério Público pode pedir inquérito, se tiver elementos”, disse Mendonça Filho.

Os deputados da oposição afirmam que o questionamento ao posicionamento inicial está mantido porque a intenção é pacificar que a norma constitucional não impede a investigação e não pedir a abertura de inquérito especificamente no caso de Dilma.

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