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O ministro da Defesa, Jaques Wagner | Amanda Oliveira/GOVBA
O ministro da Defesa, Jaques Wagner| Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou durante visita ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub),no Estaleiro e Base Naval, em Itaguaí, no Rio, nesta terça-feira (24), que não se pode “parar o país para ficar assistindo ao espetáculo da investigação”, em referência à Operação Lava Jato. O ministro defendeu a importância das grandes empresas e disse que são motivo de orgulho para a imagem do Brasil no exterior, citando como exemplo a Odebrecht. Wagner falou também que “imagina” ter sido cogitado como testemunha de defesa de Ricardo Pessoa, executivo da UTC apontado nas investigações como o líder do “Clube das Empreiteiras”, porque as obras da empresa na Bahia- onde foi governador de 2006 a 2014- não registram nenhuma irregularidade.

“Eu entendo que o Brasil tem que separar duas coisas: as investigações que correm pelo MP, pelo poder judiciário e pela PF e a nossa agenda de governo. A luta contra a corrupção é ininterrupta, porque onde tem dinheiro tem sedução. Infelizmente é assim em qualquer parte do mundo”, disse.

Investigada na Operação Lava-Jato, a Odebrecht é a empresa brasileira à frente das obras no Prosub. A empreiteira se associou à francesa DCNS para a realização do complexo necessário para a construção dos submarinos, que engloba a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), o Estaleiro e a Base Naval. Perguntado se a participação da empresa alvo de denúncias de corrupção poderia ser substituída no empreendimento, Jaques Wagner afirmou que “de jeito nenhum” e argumentou que as grandes empresas “representam a inteligência nacional” e são motivo de orgulho para o país.

“Eu digo sempre que um Brasil é conhecido em outros pelo seu futebol, pela sua música, pela sua cultura, pela sua natureza, mas é muito conhecido pelas suas empresas nacionais. A gente quando fala da Alemanha lembra da Siemens, da Volkswagen, quando fala dos EUA a gente lembra da IBM e por aí vai. E hoje a gente tem o orgulho de dizer que lá fora também nos conhecem por algumas das empresas, inclusive a Odebrecht, que construiu o aeroporto de Miami e faz obras no mundo inteiro”, defendeu.

Sobre sua relação com a UTC Engenharia, uma das empresas investigadas no esquema de corrupção da Petrobras, e a informação de que teria recebido dinheiro desviado da estatal como doação de campanha, o ministro afirmou que suas doações estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral.

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