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Salvador (Folhapress) – O ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais) rebateu com veemência a nota oficial divulgada pelo PFL, na qual o presidente do partido, o senador Jorge Bornhausen (SC), responsabilizou o governo pela crise.

"Há muitos corruptos maiores julgando", disse Jaques Wagner, sem citar nomes, na noite de sexta-feira, durante jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu apartamento, em Salvador. Jaques Wagner interrompeu o jantar para falar com jornalistas.

"Ele é uma coisa antiga e preconceituosa, poderia processá-lo por racismo e fascismo", afirmou o ministro, referindo-se ao presidente do PFL, que, na última quarta-feira, disse que "a crise e a corrupção no Brasil têm um nome: Lula". Antes, Bornhausen havia dito "que a raça da esquerda deveria ser banida do Brasil pelos próximos 30 anos".

De acordo com o ministro, "todo mundo quer cabeça" no Congresso e "alguns integrantes do PT foram capturados por uma máquina viciada’’. Jaques Wagner lembrou também de "algumas injustiças" cometidas contra parlamentares acusados de corrupção no passado para condenar a forma de atuação de alguns deputados que integram as três CPIs em funcionamento no Congresso.

"O Ibsen Pinheiro (ex-presidente da Câmara), o Alceni Guerra (ex-ministro da Saúde) foram acusados e eram inocentes e o Abi Ackel (ex-ministro da Justiça e relator da CPI do Mensalão) não foi ladrão de pedras", disse Wagner. "O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, por exemplo, ainda precisa se definir se quer ser ator de televisão ou parlamentar", disse o ministro, adversário político regional da família ACM.

Wagner também comentou a eleição para a escolha do novo presidente da Câmara, na próxima quarta-feira. "A presidência da Câmara não pode ser uma articulação da oposição nem uma extensão do governo."

De acordo com Wagner, a meta do governo é unificar a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). "O PT teve a grandeza de encontrar um nome que tem todas as condições de unir a base do partido."

Por fim, criticou ainda o esquema de arrecadação ilegal do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. "É um grau de imbecilidade, digna de ir para o Guinness (livro dos recordes). É uma operação Tabajara, feita por um tesoureiro que se perdeu", disse.

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