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João Santana foi marqueteiro de Dilma e Lula. | WILSON PEDROSA/ESTADÃO CONTEÚDO
João Santana foi marqueteiro de Dilma e Lula.| Foto: WILSON PEDROSA/ESTADÃO CONTEÚDO

O marqueteiro do PT João Santana e sua sócia e esposa, Mônica Moura, informaram nesta segunda-feira (22) que devem se entregar à polícia nas próximas horas. Os dois tiveram a prisão temporária decretada pelo juiz federal Sergio Moro na deflagração da 23ª fase da Operação Lava Jato.

Por meio de seus advogados, o casal, que atualmente se encontra na República Dominicana, informou que já agendou o retorno imediato ao país, “movimento que deve ocorrer nas próximas horas”, de acordo com o documento assinado pela defesa.

Segundo os defensores, João Santana e Monica Moura vão se apresentar assim que chegarem ao Brasil às autoridades responsáveis pelas investigações da Lava Jato.

O advogado negou que o casal tenha desistido de embarcar no voo que chegaria nesta segunda-feira (22) ao Brasil. “O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje”, diz a defesa.

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Santana e Mônica trabalham atualmente na campanha presidencial da República Dominicana. Santana já atuou nas campanhas vitoriosas de Hugo Chávez (2012) e Nicolás Maduro (2013), na Venezuela, de Maurício Funes (2009), em El Salvador, e de Danilo Medina (2012), na República Dominicana. No Brasil, conduziu o marketing das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).

Santana é investigado por receber cerca de US$ 7 milhões desviados da Petrobras em contas secretas no exterior.

Investigação

O inquérito investiga supostos pagamentos de US$ 7 milhões ao marqueteiro pela Odebrecht em paraísos fiscais. Na última década, o publicitário se dedicou no Brasil a campanhas do PT. A Polis Propaganda e Marketing assinou as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006 e da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.

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A Lava Jato chegou a João Santana por meio de anotações encontradas no aparelho celular de Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado, na 14ª fase da Lava Jato. Na mensagem a um executivo da empresa, Marcelo alerta: “Dizer do risco cta suíça chegar na campanha dela”. A partir de então, foram instauradas investigações para rastrear contas no exterior que teriam Santana como destinatário final do dinheiro.

Mandados

Foram expedidos 51 mandados de prisão preventiva e temporária, busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de ativos, para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras.

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