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Sobe para 139 o número de vítimas identificadas

Mais três corpos de vítimas do acidente com o vôo 3054 da TAM foram identificados na tarde desta sexta-feira pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML).

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou no fim da noite desta sexta-feira (3) a demissão do presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, a Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, informou o "Jornal da Globo".

No lugar do brigadeiro, vai assumir Sérgio Gaudenzi, que presidia a Agência Espacial Brasileira.

O ministro da Defesa convocou uma reunião com Gaudenzi para segunda-feira (6), às 16h, para decidir como será composta a nova diretoria da Infraero.

As negociações para que Gaudenzi assumisse o cargo aconteceram ao longo da semana. Na noite de quinta-feira, ele se reuniu com Nelson Jobim, em seu gabinete, por cerca de uma hora e já teria acertado a sua ida para a Infraero.

"Foi uma excelente conversa", disse um interlocutor do ministro, ao comentar que o anúncio do nome do presidente da Infraero deve demorar ainda uns dias porque há ainda outros ajustes a serem feitos no Ministério, e Jobim espera anunciar todos ao mesmo tempo.

Além disso, o ministro aguarda ainda a apresentação de um projeto em relação às obras do aeroporto de Guarulhos que decidirá se dará início imediato à obra completa agora, ou se fará de imediato apenas reparos emergenciais.

Indicação política

Gaudenzi seguiu para Salvador, onde passará o final de semana. Filiado ao PSB, partido ao qual integra a sua executiva, o atual presidente da AEB está no cargo desde julho de 2004 e tem trânsito entre os militares, particularmente os da Força Aérea Brasileira (FAB).

Sua indicação, justamente por este perfil político, foge um pouco à idéia inicial do governo e, particularmente da Casa Civil, de colocar nos cargos pessoas com perfis técnicos. Um dos fatores que pesou na sua escolha teria sido a sua fama de excelente gestor. O último civil a comandar a Infraero foi o deputado Carlos Wilson (PT-PE), que teve a gestão muito criticada.

Na segunda-feira, Gaudenzi se reunirá com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.

Perfil

O engenheiro civil baiano Sergio Maurício Brito Gaudenzi tem 66 anos e faz parte da Executiva Nacional do PSB. Entre 1987 e 1991, foi deputado estadual pelo PMDB. Pelo mesmo partido, cumpriu mandato na Câmara Federal entre 1992 e 1995. Foi relator geral da Constituição do Estado da Bahia (1989) e presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Executivo.

De origem esquerdista, foi militante da Ação Política (AP). Presidiu a União dos Estudantes da Bahia (UEB) e foi candidato à presidência da União Nacional dos Estudantes em 1963, apoiado pelo PCB. Desistiu de concorrer para apoiar seu então rival na disputa, José Serra.

Antes de entrar na vida legislativa, ocupou diversos cargos nos Executivos municipal, estadual e federal, entre eles o de secretário-geral do Ministério da Previdência e Assistência Social e o de secretário da Fazenda. Em ambos os casos, foi convidado por Waldir Pires, como ministro e governador da Bahia.

Em 2004, assumiu o comando da Agência Espacial Brasileira, onde dirige o programa espacial brasileiro e o projeto VLS (Veículo Lançador de Satélites).

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