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Policiais serviram pizza a condenados do mensalão

O primeiro dia dos condenados do mensalão na Penitenciária da Papuda, em Brasília, acabou em pizza - mais precisamente, dez pizzas grandes. A Polícia Federal encomendou caixas da iguaria italiana e promoveu um jantar "VIP" para os padrões da cadeia. Proibida aos demais presos, que são obrigados a comer as quentinhas da prisão, a massa foi comprada pelos policiais de plantão e chegou à cela 4, que abrigava o deputado José Genoino (PT-SP), o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-tesoureiro do PL (hoje PR), Jacinto Lamas.

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Presidente do STF determina que junta médica avalie saúde de Jefferson

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, determinou nesta sexta-feira (29) que uma junta médica avalie o estado de saúde do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Ele foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em regime semiaberto, na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

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MPDF quer estender visitas às sextas para todos os presos da Papuda

Um dia após a Justiça de Brasília determinar que os condenados do mensalão presos no Complexo Penitenciário da Papuda tenham tratamento igual aos demais detentos, o Ministério Público do Distrito Federal informou que vai pedir que a Vara de Execuções Penais conceda a todos os presos do DF o direito de receber visitas às sextas-feiras. O benefício foi concedido aos condenados no processo do mensalão como o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.

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A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal atendeu aos pedidos da Polícia Federal e autorizou que o operador do mensalão, Marcos Valério, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares sejam interrogados na Papuda. Cumprindo pena por terem participado do mensalão (Ação Penal 470), Valério e Delúbio são consideradas peças importantes nos chamados "inquéritos filhotes", que foram desmembrados da apuração principal e ainda estão sendo conduzidos pela polícia.

A autorização para que os dois sejam ouvidos na Papuda foi tomada no início da semana, segundo despacho do juiz Ângelo Oliveira, que quis evitar escolta e exposição desnecessária dos presos. "Tendo em vista a finalidade do expediente, oitiva do sentenciado visando instruir autos de inquérito policial em curso, bem como objetivando evitar desnecessário deslocamento do sentenciado, com mobilização de escolta policial e exposição do próprio sistema prisional local, autorizo o acesso vindicado para realização do ato administrativo apontado", escreveu o juiz no despacho sobre Marcos Valério.

Ao autorizar o interrogatório de Delúbio, o mesmo juiz disse ainda que levava em conta a "economicidade da escolta policial do sistema prisional local, que enfrenta severo déficit de recursos humanos".O advogado Celso Vilardi disse que Delúbio ainda não foi ouvido pela polícia. "O depoimento vai ser marcado", disse, emendando que ainda não teve acesso ao inquérito.

Marcelo Leonardo, advogado de Valério, não retornou às ligações da Folha para falar das investigações ainda em curso. Em setembro passado, Valério, condenado por ser o operador do mensalão, prestou um depoimento no qual ligou o ex-presidente Lula ao esquema que levou para a cadeia a ex-cúpula do PT.

Além das investigações que foram desmembradas da apuração inicial, novos inquéritos foram abertos a partir do depoimento de Valério. Há casos em apuração sobre, por exemplo, de suspeita de lavagem de dinheiro e tráfico de influência.Nos próximos dias, a Vara de Execuções deverá alterar o prazo para cumprimento da pena de alguns réus e reduzir em um dia. Isso porque houve um "equívoco" e alguns réus foram fichados apenas no dia de 16 de outubro, mas se entregaram no dia 15 de novembro.

Parecer da PGR pede prisão imediata de Pedro Corrêa e Vinicius Samarane

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta sexta-feira (29) parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que seja determinada a prisão imediata do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e do ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane, condenados no mensalão. A decisão tem potencial para provocar uma nova sequência de prisões do mensalão. Nos dois casos, Janot entendeu que não cabem os recursos chamados de embargos infringentes porque eles não registraram ao menos quatro votos pela absolvição. Esse tipo de recurso leva a um novo julgamento.

O entendimento do Ministério Público Federal deve ser mantido para outros quatro réus: os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT), o ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) e Rogério Tolentino, ex-advogado do operador do mensalão Marcos Valério, que também apresentaram recursos sem os votos necessários.

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