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Pouco antes de começar a sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para decidir a questão dos supersalários no Judiciário, os magistrados ainda se empenhavam para fazer lobby com os membros do CNJ. Um grupo de juízes está, no início da tarde desta quarta-feira, percorrendo gabinetes para tentar convencer os conselheiros de que têm direito de continuar recebendo a remuneração privilegiada.

- Tem que ter esperança que existe direito... - disse o presidente do Colégio Permanente dos Presidentes dos Tribunais de Justiça, José Fernandes, que está no CNJ neste momento.

Na reunião desta quarta-feira, o CNJ vai decidir que providência tomar contra os Tribunais de Justiça que ainda resistem em cortar os excessos das folhas de pagamento. Os desembargadores ameaçam descumprir a ordem e recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o conselho não recue da decisão.

Na última tentativa de manter os salários acima do teto do funcionalismo, presidentes de tribunais visitaram nesta terça-feira a presidente do CNJ, ministra Ellen Gracie Northfleet, para defender a manutenção das regalias.

- Se forem determinados os cortes, eu pessoalmente vou recorrer. É um patrimônio reunido em anos de vida pública - disse o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Celso Limongi, sobre o próprio contracheque.

Limongi é um dos 2.978 servidores de 20 tribunais de segunda instância privilegiados com rendimentos superiores ao teto de vencimentos da categoria. Eles deveriam receber, no máximo, R$ 22.111 por mês. No entanto, um levantamento divulgado em novembro pelo CNJ revelou a existência de salários de até R$ 34,8 mil. Limongi recusa-se a revelar o valor de seu salário, mas garante que não é dele o contracheque mais valioso do Judiciário.

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