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Cerca de 3.600 juízes do trabalho de todo o país cruzaram os braços, ontem, por um reajuste salarial de 25%. A adesão atingiu a 80% da categoria. Durante a paralisação, só foram atendidas demandas emergenciais. Deixaram de ser realizadas mais de 20 mil audiências, sentenças e despachos, para desconforto dos trabalhadores que foram ontem às varas trabalhistas em 26 dos 27 estados. Só Santa Catarina não aderiu.

O salário de juiz trabalhista, a exemplo de outras categorias da magistratura, começa em R$ 21,6 mil (piso) e alcança o teto nacional do serviço público, de R$ 26,7 mil. Caso o aumento de 25% seja concedido, o piso da categoria subirá para R$ 27 mil e o teto passará para R$ 33,3 mil. Cerca de 2 mil juízes federais aderiram à paralisação, segundo a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra).

O movimento não é visto com bons olhos pelos tribunais superiores, que têm jurisprudência contrária a greves em serviços públicos essenciais. Além disso, a Justiça do Trabalho desenvolve um ambicioso projeto para zerar até 2014 seu estoque de mais de 6 milhões de ações que tramitam nas varas do país. Algumas estão sem solução há mais de cinco anos. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, ameaçou cortar o ponto dos grevistas e adotar outras sanções administrativas.

Para o presidente da Anamatra, Renato Sant’Anna, a ameaça é arbitrária, porque o movimento não visa prejudicar à população, mas melhorar as condições de atendimento ao público.

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