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Está marcado para esta terça-feira o julgamento de Antonio Matias de Barros, Antonio Caetano Silva e Agnaldo Pires, três dos cinco acusados de matar Liana Friedenbach, de 16 anos, e seu namorado Felipe Caffé, de 19, em novembro de 2003. O júri terá início às 10h, na Câmara Municipal de Embu Guaçu, na Grande São Paulo, cidade onde ocorreu o crime.

O quarto acusado, Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, aguarda decisão sobre um recurso na Justiça para saber quando irá a júri. O quinto acusado é Champinha, que era menor de idade na época do crime e cumpre medida socioeducativa na Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem).

Advogados do município recusaram atuar na defesa de dois dos quatro réus. Os defensores que participarão do julgamento tiveram de ser recrutados em cidades vizinhas.

Contratado pelo pai de Liana, o também advogado Ari Friedenbach, o criminalista Alberto Toron será assistente de acusação. Armando Sampaio de Rezende Junior vai defender Agnaldo Pires. Na época, à polícia, este admitiu ter estuprado a jovem. Em juízo, mudou a versão.

- No plenário vou afirmar o que ele mesmo já disse - disse Rezende Júnior. Pires pode pegar até 20 anos de cadeia.

Os advogados Jéssica Rodrigues e Ricardo Casado, de São Paulo, vão defender o ex-caseiro Antônio Matias de Barros, conhecido como Antônio Nojento, acusado de favorecimento real por ter guardado no forro da casa em que morava uma espingarda de caça usada supostamente por Pernambuco para matar Felipe. A promotora Helena Bonilha de Toledo Leite, de Embu Guaçu, já disse que a expectativa é de que os jurados reconheçam a culpa de todos e os condene à pena máxima.

- Espero que cumpram a pena, porque esse é o grande problema nesse país. Eles não podem ficar livres disso. A Justiça precisa mostrar à sociedade que o crime não compensa - afirmou Ari Friedenbach, pai de Liana.

A mãe de Felipe, Lenice Caffé, pede a pena máxima para os assassinos do filho.

No dia 31 de outubro de 2003, sexta-feira, os namorados Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Silva Caffé, de 19, saíram para acampar sem que seus pais soubessem. Ela disse à família que viajaria com alguns amigos. Os pais da garota desconfiaram quando Liana não voltou para casa no domingo, 2 de novembro.

Avisada do sumiço do casal, a polícia descobriu que os jovens foram vistos em Embu-Guaçu. Cerca de 200 policiais realizaram buscas pela região que duraram mais de uma semana. Os corpos dos dois foram localizados após a prisão de um menor, identificado como Champinha, que admitiu ter participado do crime. Felipe foi morto com um tiro na nuca e seu corpo estava num córrego. Antes de ser morta com 15 facadas, Liana ficou quatro dias em poder dos criminosos e sofreu abuso sexual.

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