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Gouvêa está preso desde terça-feira | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Gouvêa está preso desde terça-feira| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

Londrina - A Justiça acatou o pedido do Ministério Público (MP) e afastou o vereador de Londrina Rodrigo Gouvêa (PRP) do cargo. A decisão foi da juíza da 7.ª Vara Cível de Londrina, Telma Regina Magalhães Carvalho. A solicitação do MP é referente a investigação sobre a contratação de uma funcionária fantasma pelo vereador.

No documento, a juíza afirmou que os indícios "são fortes para a decretação da medida". "A análise das provas até o momento coligidas aos autos tem-se que fortes são os indícios de que o réu Rodrigo Gou­­­vêa nomeou assessora de gabinete sem que a mesma exercesse qualquer função exigida pelo cargo, apropriando-se ilicitamente de numerário pertencente à Adminis­­­tração Pública", afirmou a ma­­gistrada.

Segundo o despacho, a decisão tem por finalidade garantir o bom andamento do processo. "Na posse de seu cargo de vereador, o réu exerce influência não somente sobre testemunhas, como ainda mantém acesso a documentos relevantes ao deslinde do caso que se encontram nas dependências da Câmara Municipal."

Com o decreto, Gouvêa fica afastado do cargo até a conclusão do processo. O vereador tem 15 dias para apresentar defesa.

Preso

Gouvêa foi preso, na tarde da terça-feira, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva decretado pela juíza da 4.ª Vara Criminal, Carla Pedalino. A prisão foi pedida pelo MP em ação criminal protocolada na última sexta-feira. Nela, o vereador é acusado de peculato, por manter uma suposta "funcionária fantasma" em seu gabinete durante três meses, no primeiro semestre deste ano, e por constrangimento ilegal. Nesse o caso, que justificou a prisão, ele foi acusado de fazer ameaças contra Sílvio Costa, seu ex-chefe de gabinete.

A prisão foi feita por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Gouvêa está no Centro de Detenção e Ressocialização.

O advogado do vereador, Alberto Melhado Ruiz, disse que ainda não tinha conhecimento da nova decisão judicial. Ele nega tanto a acusação de que a funcionária não trabalharia no gabinete quando a de que teria ameaçado uma testemunha. O advogado também tenta o relaxamento da prisão.

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