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Richa: MP Eleitoral concluiu que, apesar da campanha de reeleição do tucano não ter declarado dinheiro, o prefeito não teve participação no caso | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Richa: MP Eleitoral concluiu que, apesar da campanha de reeleição do tucano não ter declarado dinheiro, o prefeito não teve participação no caso| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) acatou o pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) e arquivou o inquérito que investigava se o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), teria participado de supostas irregularidades envolvendo dissidentes do PRTB, durante a campanha de reeleição em 2008. Conduzido pelo procurador regional eleitoral, Néviton Guedes, o inquérito concluiu que Richa não teve qualquer participação no caso. Guedes entendeu, contudo, que a campanha de reeleição do tucano não declarou dinheiro arrecadado à Justiça Eleitoral, o que configura crime de caixa 2.

Com a decisão do TRE, os autos do inquérito serão encaminhados para a promotoria eleitoral do Ministério Público do Paraná, que vai analisar os fatos relacionados a outros envolvidos no episódio. A relatora do procedimento foi a desembargadora Regina Helena Portes, vice-presidente do TRE-PR.

Em junho deste ano, a Gazeta do Povo publicou reportagem mostrando que pelo menos 23 ex-candidatos a vereador pelo PRTB foram filmados recebendo dinheiro de Alexandre Gardo­­linski, coordenador do Comitê Lealdade, durante o período eleitoral de 2008. Esse comitê eleitoral havia sido fundado por dissidentes do PRTB, que optaram por apoiar a reeleição de Richa, em detrimento da candidatura de Fabio Camargo (PTB), com quem o PRTB tinha formalizado uma coligação.

O inquérito foi instaurado depois que Rodrigo Oriente – ex-funcionário da prefeitura de Curitiba e integrante do Comitê Lealdade – apresentou uma denúncia ao Ministério Público Eleitoral, em que dizia que os ex-integrantes do PRTB teriam recebido R$ 1.600 cada um para desistir de suas candidaturas à Câmara Municipal e para apoiar Beto Ri­­cha. No inquérito policial, todos os citados negaram envolvimento do prefeito no caso.

Guedes concluiu que ficou comprovado o pagamento em dinheiro a ex-integrantes do PRTB e que não houve a contabilização de despesas do Comitê Lealdade na campanha de Richa, "que de pronto e sem qualquer dúvida revelam-se ilícitas". O procurador considerou também que as gravações em vídeo não são suficientes para concluir qual foi o motivo que levou ao pagamento aos ex-candidatos a vereador.

Paralelamente ao inquérito arquivado ontem, tramita na Justiça Eleitoral um pedido de cassação do mandato do prefeito, feito por partidos de oposição, devido ao caso do PRTB.

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