
A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia pediu desculpas por usar o termo autista de forma pejorativa. Durante uma entrevista à Globo News, na semana passada, ela afirmou que os ministros do STF não são autistas. Em nota, ela reconheceu que fez o uso “indevido” do termo, que “poderia ser interpretado como ofensivo”.
Durante a entrevista, ao ser questionada sobre a carga de processos, a ministra fez a seguinte afirmação: “Os ministros não são autistas. São todos eles cidadãos que querem a jurisdição bem prestada e prestada com rapidez”.
Na nota, a presidente do STF disse que não teve a intenção de manifestar discriminação e afirmou ainda que tem uma familiar que é autista e jamais imaginou que seria interpretada como se tivesse o objetivo de ofender.
Leia a íntegra da nota divulgada pela ministra Cármen Lúcia:
“Em entrevista concedida há alguns dias, fiz uso – sem qualquer motivação de ofensa ou desqualificação – à condição de autista. Recebi manifestações – justas e motivadas – de que o uso era indevido e poderia ser interpretado como ofensivo.
Vivo o cuidado com uma linda e querida pessoa em família que tem esta qualidade, pelo que jamais poderia me passar ser assim interpretada.
Diante da repercussão, sei agora que não poderia ter feito uso da palavra, pois poderia ensejar má interpretação.
Peço desculpas por isso e esclareço, ainda uma vez, que jamais tive a intenção de ofender ou de manifestar discriminação, no meu caso impossível, como disse, pela experiência familiar”.
Carmen Lucia Antunes Rocha



