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Nestor Cerveró, que está preso em Curitiba | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Nestor Cerveró, que está preso em Curitiba| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O juiz federal Sérgio Moro acolheu nesta quarta-feira (24) a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares e o uruguaio Oscar Algorta. Os três são denunciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Moro também determinou o sequestro judicial de um imóvel no Rio de janeiro, pertencente à empresa Jolmey do Brasil e alugado para o ex-diretor.

Na denúncia, Cerveró é acusado de formação de quadrilha e de usar sua influência como diretor da área internacional da Petrobras para obtenção de contratos mediante pagamento de propina.

Fernando Soares responde por formação de quadrilha, e é acusado de ser o operador financeiro que atuava junto à Diretoria Internacional da Petrobras . Segundo a denúncia, ele era encarregado de negociar, captar e intermediar vantagens indevidas para Cerveró e para o PMDB, além de agir para promover a integração desses valores à economia lícita mediante operações de lavagem de dinheiro.

Já o uruguaio Oscar Algorta é acusado é acusado de ser o mentor intelectual da operação de lavagem de capitais que beneficiou o ex-diretor da área internacional da Petrobras. Segundo o MPF, ele adquiriu, ocultou e dissimulou propriedade de um imóvel de Cerveró no Rio de Janeiro adquirido com dinheiro da corrupção.

Entenda o esquema

De acordo com a denúncia do MPF, tudo começou em 2007, em Montevidéu, no Uruguai, quando foi constituída a Jolmey Sociedad Anonima, administrada por Oscar Algorta, amigo pessoal de Cerveró. Em 2008, Cerveró e Algorta constituíram uma subsidiária da Jolmey S/A no Brasil, a Jolmey do Brasil Administradora de Bens, que adquiriu um apartamento no Rio de Janeiro por R$ 1,5 milhão.

Para realizar a operação foram enviados R$ 2,6 milhões para a Jolmey S/A, no Uruguai, mediante contratos de câmbio. Desse valor, R$ 1,5 milhão foi gasto na aquisição do imóvel, R$ 700 mil na reforma e o restante no pagamento de tributos e honorários advocatícios. O apartamento foi alugado para Cerveró em julho de 2009 por R$ 3.650,00 mensais, valor que de acordo com o MPF é abaixo do preço de mercado.

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