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PARIS – A Justiça francesa determinou nesta quinta-feira a abertura de uma investigação criminal contra o grupo bancário britânico HSBC Holdings por suspeita de fraude fiscal no processo que envolve sua filial suíça, HSBC Private Bank, no período 2006-2007. Os juízes de instrução encarregados do dossier, Guillaume Daïeff e Charlotte Bilger, impuseram um caução de € 1 bilhão, para garantir o pagamento de uma multa no caso de um eventual processo. O valor corresponderia a cerca da metade dos fundos que teriam sido objeto de fraude, segundo a estimativa dos juízes, num total de € 2,2 bilhões.

A Justiça francesa acusa a matriz HSBC de falha na vigilância e no controle das ações de evasão fiscal de sua filial suíça. O banco, que alega ignorar na época as atividades ilícitas de sua filial suíça, julgou como “infundada” a abertura das investigações criminais, “desmesurado” o montante exigido como caução, e anunciou que vai recorrer judicialmente da decisão e se defender de qualquer processo futuro.

Os magistrados fixaram a data de 20 de junho como prazo limite para o pagamento da caução, tempo suficiente para que o Tribunal de Apelação de Paris possa examinar o pedido de recurso do banco.

CPI OUVIRÁ EXECUTIVO

Sem consenso para convocar o presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão, os senadores da CPI do HSBC aprovaram nesta quinta-feira convite para ouvir o executivo. O requerimento, apresentado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, propunha a convocação, o que tornaria obrigatório o depoimento de Brandão na CPI. Porém, houve resistência por parte líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e do senador Blairo Maggi (PR-MT), e Randolfe acabou sugerindo o convite ao presidente da instituição.

Nas últimas semanas, O GLOBO, em parceria com o UOL, cruzou a lista dos principais nomes da Justiça do país com a lista dos 8.667 brasileiros que aparecem relacionados a contas numeradas do HSBC na Suíça em 2006/2007. O resultado foi uma série de reportagens sobre o assunto.

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