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A justiça do Pará manteve na noite desta segunda-feira (22) a pena de 27 anos de prisão a Rayfran das Neves Sales, acusado de executar a missionária Dorothy Stang, de 73 anos, em fevereiro de 2005. Como o réu recebeu condenação superior a 20 anos de reclusão, ele obteve direito a protesto por novo júri, garantido pelalegislação penal brasileira.

Durante interrogatório no Fórum Criminal de Belém, o acusado disse que era ameaçado pela vítima. Em resposta a uma das perguntas feitas pela promotoria, Neves disse que não ameaçou ou ameaçava a missionária de morte. "Era eu que estava sendo ameaçado por ela", disse.

Neves confirmou ter matado Dorothy, mas negou que o crime tenha sido cometido a pedido de outra pessoa. "Não houve mando". O acusado, no entanto, se recusou a dar detalhes de como cometeu o crime.

Para a acusação, a versão apresentada pelo pistoleiro no julgamento é uma estratégia da defesa para tentar inocentar os fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão, apontados como mandantes do crime. Moura já cumpre 30 anos de reclusão e deve enfrentar o júri pela segunda vez nesta quinta-feira (25).

Os advogados de Neves queriam a redução da pena de 27 anos. A estratégia dos promotores foi de pedir a condenação por pena máxima, de 30 anos, por homicídio triplamente qualificado. Os agravantes apresentados pela promotoria foram de crime por encomenda, sem chances de defesa e por motivo fútil.

O crime

Durante o julgamento, foi exibido um vídeo da reconstituição do assassinado. Neves disparou seis tiros a queima-roupa contra Dorothy. A missionária norte-americana foi morta no 12 de fevereiro de 2005 em Anapu, sudoeste do Pará, quando tentava implantar um projeto de desenvolvimento sustentável para trabalhadores rurais em terras públicas.

Condenação

Rayfran das Neves foi condenado a 27 anos de prisão, em dezembro de 2005, juntamente com e Clodoaldo Carlos Batista, que recebeu pena de 17 anos de prisão.

São acusados de mandar matar a missionária os fazendeiros Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, e Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.

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