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Derosso: 32 ausências, mas só uma sem justificativa. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Derosso: 32 ausências, mas só uma sem justificativa.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A Justiça condenou o presidente licenciado da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), por não enviar documentos públicos ao deputado federal Rubens Bueno (PPS). Derosso foi multado em R$ 25,5 mil. O vereador disse ontem não ter conhecimento da decisão e que, por isso, preferia não comentar o assunto.

Bueno requisitou toda a documentação relativa aos contratos de publicidade da Câmara diretamente ao órgão, em 27 de julho. A Casa não repassou esses documentos. Após 15 dias, o deputado entrou com um mandado de segurança exigindo a documentação. Caso ela não fosse entregue, seria cobrada uma multa diária de Derosso. Os documentos só foram entregues no dia 17 de outubro. Com isso, o vereador acumulou R$ 25,5 mil em multas.

"Eu recebo a notícia com a certeza de que ninguém ficará impune neste caso da Câmara, muito menos aqueles que usam o poder público para corromper", comentou o deputado, que destacou que Derosso sonegou informação à sociedade.

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara realizou mais um depoimento na manhã de ontem. Um grupo de três representantes da CPI, Emerson Prado (PSDB), Denilson Pires (DEM) e Pedro Paulo (PT), interrogou Luiz Eduardo Gluck Turkiewicz, proprietário da empresa Visão Publicidade – que geriu um total de R$ 28 milhões da Câmara entre 2006 e 2011.

Presidente da CPI, Prado considerou o depoimento bastante importante. "Era ele quem cuidava da distribuição do Câmara em Ação e dos contratos com as empresas terceirizadas. Ele foi, de maneira muito clara, esclarecendo a comissão sobre tudo aquilo que era realizado", afirma.

Já Pedro Paulo destacou que o pagamento era feito pela própria Câmara. "Ele citou o Relindo [Schlegel, ex-diretor administrativo e financeiro da Câmara] como responsável pelos pagamentos", afirma. Pedro Paulo comentou, também, que Turkiewicz deixou claro de que a decisão final sobre quais veículos receberiam verba de veiculação era da própria Câmara, e não da Visão Publicidade.

Hoje, a CPI deve realizar diligências na Gráfica Iracema, uma das responsáveis pela impressão da revista Câmara em Ação – que custou R$ 18,3 milhões aos cofres públicos.

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