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Os manifestantes que estão acampados desde a última terça-feira em Cabrobó, Pernambuco, em protesto contra as obras de integração do Rio São Francisco, já foram notificados pela Justiça Federal sobre a ação de reintegração de posse ordenada pelo juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro, na última sexta-feira.

A informação é da assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal de Pernambuco. A notificação foi entregue nesta segunda-feira por um oficial de justiça, acompanhado por policiais federais. Não há prazo determinado para a saída dos manifestantes.

Para apoiar a transposição, governadores do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará se reuniram em Recife para combinar a instalação de comitês estaduais de defesa do projeto. Atos públicos em cada estado serão realizados para defender a necessidade de levar água para cidades nele localizadas, muitas das quais já estão sendo abastecidas com carros pipa.

Para retirar os manifestantes acampados, a PF disse que ainda estuda estratégias caso a desocupação não seja pacífica. Segundo a assessoria de imprensa, policiais estão na área tentando acordo com os líderes do movimento e já registram avanços no sentido do entendimento. Todo o efetivo da delegacia de Salgueiro está disponibilizado para a primeira etapa de negociação com os manifestantes.

Mais cedo, a assessoria de imprensa do movimento Não à Transposição, formado por indígenas e integrantes de diversos movimentos sociais, havia informado que a iminência da ação de despejo não assusta os manifestantes que estão no local.

Eles continuam tapando um buraco feito pelo Exército durante a visita do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao local. A assessoria informa que a área será utilizada pelos índios Truká para o plantio de arroz.

O Comando Militar do Nordeste informa, em nota, que os trabalhos preliminares do projeto de transposição estão mantidos normalmente. A informação é que, em nenhum momento, o canteiro de obras do Exército foi ameaçado ou teve seus trabalhos e equipamentos danificados ou destruídos, pois no local ocupado pelos manifestantes não há pessoal e material de engenharia sendo empregados.

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