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A Justiça prorrogou a prisão temporária de quatro dos cinco acusados de espancar a empregada doméstica nesta quinta-feira (28). O quinto jovem já tinha tido a prisão temporária prorrogada na quarta-feira (27).

Rodrigo dos Santos Bassalo da Silva, Rubens Pereira Arruda Bruno, Leonardo Pereira de Andrade, Julio Junqueira Ferreira e Felippe de Macedo Nery ficarão presos por mais dez dias sob suspeita de terem agredido Sirlei Dias de Carvalho Pinto no sábado (23), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Ligação com o tráfico

O delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, que investiga o caso, afirmou que vai investigar uma denúncia de que um dos acusados venderia drogas no condomínio onde mora.

Segundo o delegado, duas pessoas foram à delegacia para fazer uma queixa contra um dos jovens. Carlos Augusto contou ainda que uma das denunciantes narrou um episódio em que o jovem estaria fumando maconha no condomínio em que moram. Quando uma manicure, que atende moradoras do edifício passou perto do grupo, passou pelo rapaz, ela teria sido foi perseguida - teriam dito as denunciantes ao delegado.

Carlos Augusto disse também que vem recebendo diversas ligações que incriminariam este e outros rapazes em outros delitos.

A empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho se emocionou ao deixar à 16ª DP (Barra da Tijuca), na tarde desta quinta-feira (28). Ele chorou ao agradecer o taxista que denunciou os cinco jovens agressores. Sirlei não reconheceu o sexto ocupante do carro, o estudante Arthur Fernandes Campos da Paz, de 19 anos, como um de seus agressores.

"Queria agradecer o taxista, ele foi um herói, naquele momento. Eu não estou vendo ele, mas ele está me vendo e quero agradecer. Ele me tratou como se trata de uma filha. Ele já é como se fosse da minha família. ele foi um pai para mim, um herói. Se não fosse ele, eu não estaria aqui. Depois que isso tudo passar, quero conhecê-lo", disse Sirlei.

Ainda com o braço engessado e hematomas no olho esquerdo, Sirlei disse que ainda sente dores de cabeça. Sirlei disse que perdoou Arthur e que espera que ele sirva de exemplo para outros jovens.

"Ainda sinto medo, muito medo. Sei que eles estão presos, mas sinto como se eles ainda estivessem na rua. Quero que os jovens olhem isso, parem e pensem para que a gente tenha uma sociedade mais tranqüila para que os pais não sofram tanto quanto os pais desses jovens estão sofrendo", disse Sirlei.

Sexto ocupante

Nesta quinta, o sexto ocupante do carro em que estavam os jovens foi prestar depoimento na delegacia da Barra. O estudante Arthur Fernandes Campos da Paz, de 19 anos, não foi reconhecido pela vítima e disse ser contra qualquer tipo de violência além de negar a partipação nas agressões.

"Sou contra qualquer tipo de covardia, ainda mais com mulher. Vim aqui para esclarecer isso à Justiça".

Ele garantiu que, se não estivesse bêbado, teria procurado evitar a agressões e pediu desculpas à empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho.

Outro depoimento

Uma prostituta identificada como Angela prestou depoimento na 16ª DP, na noite de quarta-feira (27), acusando também os cinco jovens que bateram na doméstica Sirlei Dias de Carvalho, de agressão e roubo.

Ela afirma que estava num ponto de ônibus anterior ao de Sirlei, na madrugada de sábado (23). E reconheceu Rubens Arruda como seu principal agressor.

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