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Ao contrário do prefeito Beto Richa (PSDB), que reafirmou ontem ser vítima de uma armação política por causa das denúncias envolvendo Ezequias Moreira e sua sogra, Verônica Durau, o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), declarou que o caso é uma questão administrativa interna da Casa e não tem caráter político. A declaração foi feita durante a sessão da Assembléia, depois que o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, foi à tribuna reforçar a tese de que a denúncia fora montada por adversários políticos.

"A sindicância (aberta pela Assembléia) vai apurar o fato para que tenhamos resultados. Mas não se trata de uma questão política. É uma questão administrativa", afirmou Justus.

A sindicância deve responder porque aparece no holerite de pagamento de Verônica Durau o nome de Beto Richa como se ele ainda tivesse gabinete na Casa. A direção da Assembléia nega que o prefeito ainda tenha vínculos com o Legislativo.

O prefeito Beto Richa disse ter pressa na conclusão da sindicância e afirmou ontem, durante inauguração do Restaurante Popular de Curitiba, que vai entrar com um pedido na Assembléia pedindo urgência para que sejam apontados os responsáveis pelo que chamou de "fraude" para "desconstruir a imagem de uma administração séria e austera". "O Paraná inteiro sabe que eu não sou mais deputado, que eu sou prefeito. A partir de 2005, parece que eu virei deputado e me arrumaram um gabinete na Assembléia", disse dando a entender que alguém, dentro do Legislativo estaria tentando prejudicá-lo. "Está na cara que é uma armação dos meus adversários políticos. Eu não tenho dúvida disso, inclusive, estimulando setores da imprensa a tentar atingir minha imagem e a minha honra."

Embora esteja levantando a tese de tem sido vítima de armação, Richa continua sem explicar o que fazia Verônica Durau em seu gabinete na Assembléia, de 1996 a 2001, quando ele era ainda deputado. Nesse período, ela foi funcionária de Richa, embora, em entrevista à Gazeta do Povo, Verônica tenha dito que nunca trabalhou na Assembléia.

Usando o mesmo argumento do prefeito, o presidente estadual do PSDB e líder da oposição na Assembléia, Valdir Rossoni, discursou ontem na tribuna da Casa e disse que há uma orquestração política dos adversários. Já a bancada governista da Assembléia, assim como o presidente Nelson Justus, refuta a tese de armação política. "Não vi nenhum político falar uma vírgula do prefeito. A imprensa é que está denunciando", disse o deputado estadual Nereu Moura.

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